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terça-feira, 25 de outubro de 2016

PF coíbe desvio de recursos destinados a escolas creches em Itaituba

Operação cumpre mandados de prisão, condução coercitiva e busca e apreensão em Itaituba. (Foto: Divulgação/ Polícia Federal)
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (25) a operação ‘Deseduca’, que coíbe o desvio de recursos federais destinados à reforma e construção de escolas creches e quadras poliesportivas em Itaituba, sudoeste do Pará.
Estão sendo cumpridos nesta manhã sete mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para depor, um mandado de prisão preventiva, sete mandados de busca e apreensão e o sequestro e bloqueio de bens dos investigados, no valor total de R$ 2.387.719,67.

A operação leva este nome porque investiga a má gestão das verbas públicas destinadas à educação. Durante as investigações, constatou-se que o esquema se iniciava com a fraude em licitações. As empresas vencedoras eram contratadas para executar obras para a educação, porém algumas foram feitas em partes e outras nem foram iniciadas.
Os suspeitos prestarão depoimentos na sede da Polícia Federal em Santarém e serão indiciados por desvio de recurso público e associação criminosa. Todo o material apreendido será analisado e periciado na busca de provas e evidências que confirmem os crimes e a ligação dos suspeitos aos fatos.
Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental César Almeida I, localizada em Moraes de Almeida, que deveria ter sido reformada com parte dos recursos desviados. (Foto: Divulgação/ Polícia Federal.)
Um dos fatos que chamou a atenção dos investigadores foi o pagamento de mais de R$ 500 mil para uma das empresas no último dia de expediente bancário do último ano da gestão do governo que terminou em 2012. A verba seria referente à reforma da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental César Almeida I, que nunca foi feita. Segundo a PF, os recursos desviados eram provenientes do FUNDEB e FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).
A Polícia Federal ainda investiga outros contratos que totalizam cerca de R$ 16 milhões, nos quais podem ter ocorrido outros desvios.

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