A prefeita Eliene Nunes terá sua administração investigada pelo MPE (Foto: Gilson Vasconcelos/GVNotícias) |
Por Nazareno Santos
Já
está no gabinete da desembargadora Vera Araújo de Souza, processo
noº000668-48.2016.8.14.000 em Belém, em instancia de 2º grau. O processo é uma
solicitação do Ministério Público do Pará (MPE) e a desembargadora já
determinou a investigação criminal contra a gestão da prefeita Eliene Nunes de
Itaituba. O teor do documento foi protocolado no dia 25 de
janeiro deste ano. A desembargadora acatou pedido do MPE e já determinou
a investigação criminosa que será feita pelo grupo especial de investigações criminosas
GAECO.
“Considerando os
fatos narrados na petição de fls. 2-13, autorizo o Ministério Público do Estado
do Pará a proceder à abertura de Procedimento Investigatório Criminal, conforme
solicitado nos presentes autos, observando-se, entretanto, que a adoção de atos
investigatórios que impliquem relativização de garantias individuais, a exemplo
da interceptação telefônica, quebra dos sigilos de dados e bancários e
realização de busca e apreensão, dependerá de autorização judicial específica.
“Intime-se e cumpra-se.”
A
denuncia foi formulada pelo promotor Dr.Nelson Pereira Medrado que pede
procedimento como investigatório criminal (PIC) .a data de autuação
ocorreu no dia 19 de janeiro deste ano, se tratando de uma decisão
interlocutória.
Vereador Peninha que foi relator da CPI apresentou provas documental contra a gestão de Eliene Nunes (Foto Gilson Vasconcelos/GV Notícias) |
A
investigação criminal pedida pelo MPE tem como base as denuncias de fraude em
licitação, (Com participação de empresas de fachada) superfaturamento na
aquisição de merenda escolar, farra de aluguel de veículos e outras denunciam
geradas na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que era presidida pelo
vereador Isaac Dias e tendo como relator Luiz Fernando Sadeck dos
Santos(PENINHA).
A
CPI foi ocorreu no ano passado sendo aprovada por 8X7 quando assinaram a favor
que de fosse apurada denuncias de irregularidades, quando os vereadores Isacc
Dias, Peninha, João Paulo, Yamax Prado, Wescley Tomaz (hoje líder de governo da
prefeita) , Nicodemos Aguiar , Dirceu Biolch e Orismar Gomes (que após
denunciar a prefeita voltou novamente a compor sua bancada governista).
Na
época os sete vereadores da bancada da prefeita que votaram contra a instalação
da CPI foram: Toninho Piloto, Diomar Figueira, Dadinho Caminhoneiro, Célia
Alves, João Bastos Rodrigues, Célia Alves e Maria Pretinha. Recapitulando os
fatos da época a CPI foi eivada de polemicas chegou a ser questionada pela
justiça local que inclusive impôs a ilegalidade da mesma. Entre os que foram
convocados para depor estiveram os funcionários públicos Kleber dos Anjos de
Souza e Walesson, diretor de compras, Keila Lopes (que não compareceu na
primeira convocação) os três foram convocados para se explicar sobre denuncias
de licitações fraudulentas num jogo de cartas marcadas para beneficiar empresas
ligadas a amigos e aliados políticos da prefeita Eliene Nunes, superfaturamento
nas compras e outras supostas irregularidades.
Nas
denuncias foi envolvida como campeão em licitações a empresa E.Costa de
propriedade do empresário e aliado político da prefeita, Elvis
Costa que somente numa licitação para compra de pneumáticos e Câmaras de ar
ganhou quase setecentos mil reais alijado facilmente as demais concorrentes,
sendo por sinal imbatível nas licitações. O empresário esteve presente para
depor mais não respondeu a pergunta do relator Luiz Fernando Sadeck saindo pela
tangente.
Vereador Isaac Dias foi o presidente da CPI e ex-aliado prefeita Eliene Nunes (Foto: Gilson Vasconcelos/GV Notícias) |
Outros
fatores que contribuíram para a instauração das investigações foram as
denuncias formuladas pelo SINTEPP que municiou a CPI de farta documentação que
comprovam as irregularidades no FUNDEB, merenda escola e outros setores ligados
a educação. As denuncias foram tão sérias que os sindicalistas Sueli
Souza e Reginaldo do Carmo estiveram em Santarém prestando depoimento e levando
provas a Policia federal que também está no caso. Os empresários Jair
Pontes e Juvenal denunciaram na CPI que na licitação havia um esquema para
beneficiar as empresas previamente destinadas a saírem vencedoras na licitação.
Juvenal denunciou até que falsificaram notas fiscais dele para beneficiar
empresas fantasmas na licitação.
Foram
dezenas de denuncias com apresentação de provas entre eles um carro alugado
para uma funcionária da prefeita que estaria se beneficiando do dinheiro do
aluguel mesmo exercendo cargo de confiança no governo. Embora atropelada pela
justiça que a todo momento questionava as investigações quando impediu que a
mesma investigasse por exemplo aluguel de prédios pelo Município etc...
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