As condições das estradas localizadas no Pará deram um salto de qualidade entre 2011 e 2015, de acordo com a pesquisa anual da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). O estudo foi divulgado nesta quarta-feira (4), em Brasília. Segundo a pesquisa, a avaliação positiva (ótimo e bom) das condições das estradas paraenses saiu de 0,4% em 2011 para 23,3% em 2015.
O ano de 2011 marca o início do segundo mandato do governador Simão Jatene, que retomou programas de investimentos para recuperação das estradas e pontes paraenses. Nos últimos quatro anos, o Governo do Estado investiu mais de R$ 1,3 bilhão nas rodovias estaduais e estão previstos mais R$ 1 bilhão para os próximos anos.
A pesquisa CNT já apontava em 2014 a crescente melhoria. Na pesquisa do ano passado, a avaliação “bom/ótimo” estava em 10,4%, dobrando agora para 23,3%. Já a avaliação negativa das condições das rodovias, somando ruim e péssimo, caiu pela metade: de quase 80% para pouco mais de 40%.
A Pesquisa CNT avalia estradas sob a gestão estadual e federal, gerando uma média para todas as rodovias de cada Estado. Segundo a pesquisa CNT 2015, 42,5% das estradas estaduais, as chamadas PAs, são consideradas ótimas e boas, enquanto apenas 18% das rodovias federais, as BRs, receberam esse conceito. Nenhuma estrada paraense recebeu o conceito “péssima”, enquanto 21,7% das rodovias federais tiveram essa avaliação pelos critérios da CNT.
Desafios – Para o secretário de Transportes, Kleber Menezes, a pesquisa revela que o esforço tem dado resultado, mas ainda restam muitos desafios. “Em 2011, o cenário era muito ruim, não só nas estradas avaliadas por amostragem, mas num cenário geral mesmo. A PA-150, a PA-447 e a PA-287 foram classificadas como péssimas e a PA-252 como ruim. Em 2015, a CNT repetiu a pesquisa nessas mesmas quatro estradas e incluíram mais duas. E melhoramos. A PA-150, por exemplo, que era classificada como em péssimo estado em 2011, passou para bom”, avalia.
Segundo ele, as outras duas estradas avaliadas pela CNT estão no planejamento da Setran. A PA-475, por exemplo, já recebeu serviços. “Já a PA-483 é emblemática, pois é uma ligação entre a Alça Viária e o Porto de Vila do Conde, em Barcarena, e aquela região. Conhecendo que a situação era ruim, contratamos serviços para realizar as obras que são necessárias. Agora, não tem como negar que o Pará teve uma melhoria significativa e clara em relação a 2011”, assegura.
Segundo Kleber Menezes, a secretaria tem trabalhado em conjunto com outros órgãos do Estado para diversificar e ampliar a malha de transportes no Estado. “Existem estudos e projetos para uma ferrovia importantíssima, que ajudará a desafogar o transporte de cargas nas rodovias. Também temos trabalhado muito para fortalecer as hidrovias, que precisam de investimentos, por conta da nossa geografia particular. Mas tudo vem sendo feito sem deixar de lado o trabalho em torno das rodovias, que é o que todos esperam e precisam”, ressalta.
Infraestrutura – O secretário lembra que uma estrada não só ajuda a aquecer e movimentar a economia, como também melhora o transporte escolar entre comunidades, envolve segurança pública e facilita o acesso para atendimento de saúde, por exemplo. “O governo está preocupado com isso, pois tem uma visão estratégica e compreende a importância das rodovias”, complementou.
“Mesmo diante das dificuldades, estamos avançando, inaugurando obras e prosseguindo outras, como são exemplo as pontes do rio Curuá, no oeste do Estado, e a ponte sobre o rio Igarapé-Miri, no nordeste do Pará, recentemente inauguradas”, lembrou Kleber Menezes.
Ele lembrou que o Governo do Estado, em conjunto com parlamentares da bancada federal, tem cobrado melhorias nas estradas federais localizadas no Pará. “Comparativamente, a malha federal no Estado está muito pior que a estadual e digo isso com muito pesar. É nossa obrigação, enquanto agentes públicos, demandar o Ministério dos Transportes para que olhem pelo nosso Estado e pelas rodovias federais. Temos feito isso de forma permanente, cobrando e defendendo melhorias por parte da União, uma vez que são estradas sob responsabilidade do governo federal e afetam diretamente nossa gente”, diz.
Fonte: Agência Pará
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