“Arpilleras Amazônicas fazendo exposição do seus trabalho na FAT Foto Gilson Vasconcelos |
A Faculdade do Tapajós sediou no
ultimo dia 2 de outubro em parceria com o Movimento dos Atingidos por Barragens
(MAB) a exposição “Arpilleras Amazônicas: mulheres atingidas por barragens costurando
direitos na Amazônia” onde na ocasião foi apresentando 16 arpilleras, que são produzidas
por atingidas de Rondônia e do Pará.
Exposição arpileiras Foto Gilson Vasconcelos |
As peças foram produzidas por
mulheres atingidas pelas barragens de Belo Monte (PA), Tucuruí (PA), Santo
Antônio (RO) e Samuel (RO) e ameaçadas pelos projetos do Complexo Tapajós (PA)
e Marabá (PA).
A
mostra foi enriquecida pela presença de 25 mulheres que participaram da
confecção das peças em encontros realizados nas regiões. Elas puderam explicar
as obras para o público e falar da realidade das mulheres atingidas. A
exposição foi parte da programação do Seminário
Mulheres da Amazônia, atividade que faz parte do projeto que o MAB realiza com
as mulheres do Tapajós, em parceria com a entidade de Cooperação Christian Aid
e apoio da União Européia.
Exposição arpileiras Foto Gilson Vasconcelos |
“A exposição está muito bonita, não sabia que existia isso
aqui. Quando vi o convite achei que era mais uma exposição de artesanato, mas
agora vejo que é um trabalho muito importante”, afirmou Renata, uma estudante
que esteve no local. A diretora da universidade, Jussara, também elogiou a
exposição e afirmou que é um privilégio receber a mostra na universidade. “A
FAT está sempre de portar abertas para vocês”, afirmou aos militantes do MAB.
Exposição arpileiras Foto Gilson Vasconcelos |
“Arpillera” é uma técnica chilena de bordado sobre
tela de juta que as mulheres utilizaram para retratar cenas de violências
praticadas pela ditadura de Augusto Pinochet contra as famílias. É com esse
sentido político que as mulheres do MAB resgatam a técnica para retratar e
denunciar as violações ocorridas no processo de construção de barragens no
Brasil.
Arpilleras pelo Brasil e na Amazônia
Com a compreensão de que as mulheres são as que mais
sofrem com a construção de barragens, o
“A exposição na FAT é um ‘aperitivo’ de um processo de
exposições com maior duração que pretendemos fazer nas várias regiões em que o
MAB está no Pará”, afirma Cleidiane, militante do MAB.
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