
A redução no ritmo da produção industrial nacional na passagem de abril para maio, período com ajuste sazonal, alcançou metade das 14 localidades pesquisadas pelo IBGE. Por outro lado, Pará (4,2%) e Goiás (2,1%) marcaram as maiores taxas de expansão nesse mês, ambos avançaram por quatro meses seguidos.
A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa) uniu a pesquisa a dados mais recentes. “No acumulado do primeiro trimestre, comparando 2014 e 2015, o crescimento das atividades industriais no Pará é de 8,7%. O Pará é um dos protagonistas do crescimento desde 2014. O estado não tem gerado variação negativa, a não ser por motivos sazonais”, afirma a diretora de estudos e pesquisas socioeconômicas e análise conjuntural da Fapespa, Geovana Raiol Pires. De acordo com os dados da Fundação, em comparação com os meses de março de 2014 e 2015, o Pará cresceu 11,8% em atividades industriais, atrás apenas do Estado do Espírito Santo que cresceu 19,8%.
Na avaliação do economista Roberto Sena, supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese-PA), há um fenômeno de desindustrialização no Brasil, que ainda não afetou o Pará com tanta intensidade. “De uma maneira geral, a situação da indústria nacional preocupa tanto que a questão do emprego está sendo afetada. Mas, no nosso estado, a situação é diferente devido aos grandes projetos e investimentos, mesmo assim nós precisamos que o Brasil cresça. Por mais que o cenário seja positivo a nossa maior indústria vive de exportação”, comenta.
Segundo ele, ainda com o cenário difícil, a criação de novos postos de empregos continua positiva. “Em oportunidades de emprego, o Pará admitiu 400 mil trabalhadores, principalmente nos setores da indústria, comércio, construção civil e pecuária. Ainda que tenhamos demitido 380 mil trabalhadores, são 20 mil postos novos. Estamos respirando”, conclui.
Fonte: Agência Pará
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