O Ministério Público Federal (MPF) entrou na
Justiça com ação em que pede a suspensão urgente dos cursos de nível superior
em Administração promovidos pela Faculdade do Tapajós (FAT) fora de Itaituba.
Segundo o MPF, apesar de só ter autorização do Ministério da Educação (MEC)
para promover o curso nesse município, a faculdade vem realizando o curso em
várias outras cidades do Estado.
Encaminhada à Justiça Federal em Belém no último
dia 25, a ação pede que seja determinada a interrupção imediata das matrículas
nos cursos não credenciados no MEC, como é o caso dos cursos em Administração
promovidos em Óbidos, Mãe do Rio e Paragominas.
O MPF pede que as aulas só possam ocorrer quando
houver o credenciamento, a autorização e o reconhecimento legais dos cursos pelo
MEC. A Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão, Melina Alves Tostes,
também pediu que a FAT seja obrigada a ressarcir, com correção monetária, as
despesas dos alunos com matrículas e mensalidades.
Questionada pelo MPF sobre a regularidade dos
cursos, a faculdade respondeu que os alunos podem pedir o aproveitamento dos
estudos e, assim, conseguir diplomas. Para o MPF, nesse caso o aproveitamento
dos estudos é irregular.
“O entendimento veiculado pela FAT representa
uma manobra para contornar a proibição do MEC de ofertar cursos de graduação em
localidades para as quais não foi autorizada, além de deturpar o instituto do
'aproveitamento do estudo'”, critica a procuradora da República.
Desde 2011, quando houve um aumento no número de
denúncias sobre faculdades irregulares, a atuação do MPF já resultou na
suspensão de cursos irregulares de 17 instituições no Pará.
Estefib – No último dia 26 a Justiça Federal publicou sentença
em que condenou a Escola Superior de Teologia e Filosofia do Brasil (Estefib) a
indenizar, por danos morais e materiais, os alunos prejudicados pelo
funcionamento de cursos de nível superior da Estefib sem autorização legal.
Os valores das indenizações ainda não foram
divulgados porque ainda não foram calculados pela Justiça. Segundo o MPF, os
cursos da Estefib não eram credenciados pelo MEC, a quem a empresa sequer havia
feito o pedido de credenciamento.
Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação
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