Lancha Anna Karolynne foi obrigada a parar de fazer o trajeto Itaituba-Santarém-Itaituba |
Ouvimos diariamente em Itaituba, no Oeste do Pará e estamos lendo na imprensa nacional que chegarão ao nosso Município inúmeros empreendimentos, o que criou em nós a expectativa de que isto iria impulsionar o Município com a melhoria da cidade, da vida da população em todos os aspectos. Até que ganhamos esta melhoria, mas tem gente que é contra o nosso progresso, que em vez de ajudar, atrapalha e parece querer nosso atraso.
Itaituba já foi uma cidade que registrou o maior movimento de pequenos aviões do mundo, é um dos maiores produtores de ouro do Brasil, possui um subsolo rico com calcário, ouro, diamante, cassiterita e etc.; temos um dos rios mais bonitos e belos do mundo, o Tapajós, que deverá abrigar uma das maiores Hidrelétricas do Planeta; uma floresta de causar inveja às outras cidades brasileiras, e por Itaituba estar em uma localização estratégica, foi a última descoberta para futuros empreendimentos.
Apesar de tudo isto e um pouco mais, já era para Itaituba estar bem melhor. Tudo o que chega aqui e é bom, dura pouco. A prova disso é que há tempos foi colocada uma lancha para fazer o percurso Itaituba-Santarém-Itaituba.
Com o passar do tempo, alguns empresários modernizaram seus equipamentos e isto significa mais rapidez, segurança, conforto aos passageiros. Outros empresários ficaram no tempo e com a omissão ou conivências de órgãos do governo, que deveriam ser os primeiros a zelarem pela segurança e conforto dos passageiros, permitem que a região volte ao passado, numa demonstração clara de RETROCESSO. Estamos falando da atitude da ARCON, órgão responsável pela organização dos transportes fluvial e rodoviário no Estado do Pará.
Este órgão já deveria ter regularizado a linha das embarcações neste trecho Itaituba-Santarém-Itaituba. Mas o que estamos vendo é um empurra-empurra, entre as responsabilidades e com isso quem sofre é a população, que fica no meio do fogo cruzado, servindo de “fantoche”.
Nenhuma das lanchas que fazem linha no trecho Itaituba-Santarém-Itaituba tem permissão. A permissão dada pela ARCON é para a lancha Princesa do Tapajós, que há muito tempo está parada em Santarém, e esta permissão está sendo usada por outra lancha pertencente à outra empresa, ressalte-se que esta permissão estava vencida há 7 anos e nunca a ARCON cancelou, e somente agora em 2014 foi atualizada. A outra permissão, dada para a Pérola do Tapajós, foi cancelada pela ARCON.
Como a ARCON até hoje não realizou licitação desta linha, fica esta disputa e quem perde com isto é o povo. Agora, a Justiça Estadual concedeu uma liminar mandando parar a lancha ANNA KAROLLYNE, e a lancha PÉROLA DO TAPAJOS fazer a linha, porém, ela está sem condições de circulação e quem vai substitui-la será a lancha Moreira da Silva, que pertence a outra empresa e não à empresa Diniz, que foi quem ganhou a liminar na Justiça, mas que também não atende nossos anseios, pois tem capacidade apenas para 100 passageiros.
A Justiça mandar parar a Lancha Anna Karollyne para a lancha Pérola do Tapajós entrar na linha.É como substituir um boeing por um teco-teco. Porém, a Justiça julgou o que está no papel, e a ARCON deveria já ter resolvido esta polêmica, assinando um TAC com as empresas concedendo a permissão para as lanchas que fazem esta linha, obedecendo critérios, como segurança, conforto, rapidez e as demais exigências que as leis obrigam. Com esta liminar quem vai sofrer é a população.
Aqui não estamos defendo A ou B, mas sim o que é melhor para nossa população. Qualquer empresa que ofereça o melhor serviço para nossa população, sem dúvida terá nosso apoio. O que queremos é segurança, conforto, que é um direito nosso.
PASSAGEIROS SE REVOLTAM COM LANCHA MOREIRADA SILVA: Na segunda-feira, 18, nossa reportagem esteve no Cais de Arrimo (Orla de Itaituba) quando chegou a Lancha Moreira da Silva procedente de Santarém.
Os passageiros estavam revoltados com a empresa proprietária da lancha, pois quando a mesma chegou ao município de Aveiro houve pane no motor que gera os aparelhos de ar condicionado. De Aveiro até Brasília Legal os passageiros tiveram que viajar no calor. Ao chegar em Brasília Legal foi feita uma “gambiarra” e os aparelhos de ar condicionado funcionaram.
Os passageiros estão revoltados e pedem providências na ARCON, Ministério Público e da própria Marinha. Esta não é a primeira e não será a ultima vez que a lancha Moreira da Silva tem problemas. Já ficou à deriva por causa de pane nos motores. Vale ressaltar que a lancha Moreira da Silva está substituindo a lancha Princesa do Tapajós, que é quem deveria estar na linha, conforme liminar judicial.
Fonte: RG 15/O Impacto / Blog do Jota Parente
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