Casas alagadas na Travessa Justo Chermont (Foto Ascom PMI) |
O
município de Itaituba, bem como outras cidades do estado tem sido castigado com
o rigoroso inverno. A cheia do rio surpreendeu Itaituba, o Tapajós caminha para
níveis históricos, encaminhando-se para a maior cheia dos últimos 30
anos. Atualmente mais de duas mil famílias foram afetadas com a cheia do
rio que neste sábado atingiu o nível de 10.10mt.
Comparado
aos níveis registrados nos anos de 1975 e 2006, quando o tapajós atingiu 11,50mt
e 11mt no mês de abril, respectivamente, esta medição atual trás preocupações,
pois, ainda estamos na metade do mês de março.
Diante
dessa situação, a Prefeitura Municipal está mobilizando todas as secretarias de
governo e ainda as defesa civil local e do estado para traçar planos de
emergência.
Como
o estado ainda é de alerta, a prefeitura tem feito um trabalho preventivo,
principalmente em relação à saúde. Nesse contexto, o trabalho é de
acompanhamento nas áreas alagadas, bem como, a remoção de famílias para os
locais destinados como abrigos, como, por exemplo, o Rotary Clube e o Parque de
Exposições. Além disso, o governo está compartilhando ações de defesa buscando
a parceria do comércio local na doação de gêneros alimentícios, colchonetes, água
potável entre outros.
Defesa Civil visitando os pontos alagados ( Foto Ascom PMI) |
Vale
ressaltar que o município de Itaituba ainda está em estado de alerta pelo fato
de não ter registrado prejuízo humano ou material, apesar da cheia. Caso isso
aconteça será decretado o estado de emergência, como é recomendado pela defesa
Civil Nacional. Em relação a cheia, a rodovia transamazônica no trecho do rio
Tracuá apresenta inundação e a travessia da ponte fica difícil interrompendo a
trafegabilidade na área.
Neste fim de semana, o governo está em alerta máximo com pessoal de todas as
secretarias mobilizados para dar suporte às famílias afetadas pela cheia. A
Prefeita Eliene Nunes visitou diversos pontos de alagamentos prestando
solidariedade e apoio logístico às famílias. A defesa civil disponibilizou
veículos e pessoal realizando a mudança de várias famílias.
Qual é a
diferença entre estado de emergência, de alerta, de sítio e de calamidade
pública?
Há dois tipos
de "estados" que podem ser decretados: os que se referem à segurança
nacional (de defesa e de sítio) e os relativos a desastres naturais (estado de
observação, alerta, emergência e calamidade pública). O estado de defesa e o de
sítio são decretados em casos excepcionais, como revoltas populares ou
situações de guerra. Eles servem para aumentar o poder do governo nesses
momentos de risco. A outra categoria serve para classificar desastres como
chuvas fortes e grandes estiagens, que podem atingir áreas restritas (como uma
cidade) ou até um país inteiro. Por isso, podem ser decretados por vários
níveis de governo - do municipal ao federal. As duas categorias se fundem em
determinadas situações.
ESTADO DE ALERTA
QUEM DECRETA - Órgãos de monitoramento meteorológico e da defesa civil
EM QUE CASOS - Desastres de intensidade forte
DURAÇÃO - Algumas horas
Na prática, também é um alerta prévio para que a população tome medidas
preventivas evitando transitar por determinadas regiões da cidade onde já
chove forte, por exemplo. Os órgãos da defesa civil também são avisados de que
pode vir problema sério por aí alagamento, enchente, inundação, deslizamento
de encostas e ficam de prontidão.
ESTADO DE EMERGÊNCIA
QUEM DECRETA - Órgãos de monitoramento meteorológico e da defesa civil
EM QUE CASOS - Desastres de grande porte
DURAÇÃO - Indeterminada
Temporais de arrasar costumam caracterizar a adoção do estado de
emergência. Outros desastres que podem levar a essa medida são incêndios em
áreas extensas e o rompimento de barragens, por exemplo. Decretado o estado de
emergência, o município ou estado atingido pode pedir recursos ao governo
federal para reparar os estragos
ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA
QUEM DECRETA - Prefeituras, estados e o governo federal
EM QUE CASOS - Desastres grandes e com muitas vítimas
DURAÇÃO - No máximo 180 dias
Ocorre quando há chuvas e alagamentos fora de controle, associados a
desastres como deslizamentos de terra, e muitas mortes.
Fonte: Ascom PMI
Mundo Estranho
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