O Marco Civil da
Internet foi aprovado pela Câmara dos Deputados na noite de
terça-feira (25) com modificações negociadas entre o governo, base aliada e
oposição.
O texto, porém, ainda
não está em vigor: o assunto será, agora, debatido no Senado Federal.
O objetivo do marco
regulatório, que tem sido chamado de "Constituição da Internet", é
determinar direitos e deveres para os usuários e estabelecer normas para
provedores e empresas de tecnologia. Atualmente, não há legislação sobre o
assunto.
O debate sobre pontos
polêmicos trancou a pauta da Casa por cinco meses (como o Executivo havia
pedido urgência, outros projetos não podiam ser votados antes).
Entenda abaixo como o
texto aprovado pelos deputados pode afetar a vida dos usuários.
Velocidade dos sites
Sem a legislação, os
provedores podem, por exemplo, beneficiar sites parceiros com maior velocidade.
Nos Estados Unidos, a Netflix pagou provedor para que a velocidade de sua
página fosse maior. O fato provocou debate sobre se isso não desfavorece sites
concorrentes.
Pelo texto do Marco
Civil enviado ao Senado, essa prática fica proibida no Brasil. Os provedores
podem continuar vendendo pacotes de dados diferenciados por velocidade, mas sem
facilitar a navegação em determinados sites ou dificultar em outros.
As empresas de
telecomunicações criticaram esse ponto, pois dessa forma não podem vender
pacotes mais baratos, sem determinados sites, por exemplo.
Vingança pornô
Atualmente, não há
regras claras sobre quando sites (como o YouTube, por exemplo) podem ser
responsabilizado por conteúdos publicados por usuários.
O texto do Marco
Civil da Internet aprovado na Câmara estabelece que, em princípio, sites não
podem ser punidos por manter no ar conteúdo publicado por terceiros, a não ser
que haja uma decisão judicial sobre o assunto e que o site a tenha
desobedecido.
O objetivo é impedir
a chamada "censura privada".
Mas há uma exceção:
trata-se dos casos de vídeos ou fotos ofensivos em que a vítima direta
solicitar a retirada. A regra vale para a pornografia de vingança (quando
vídeos de relações íntimas são expostas na internet).
Privacidade do
usuário
Hoje, dados dos
usuários podem ser comercializados livremente entre os provedores, empresas e
sites.
O texto aprovado do
Marco Civil proíbe o fornecimento dos registros de conexão e de acesso a sites
da internet dos usuários, a não ser com autorização do internauta.
Apesar de o comércio
ser vetado, os provedores ficam obrigados a guardar dados de navegação dos
usuários por um ano. Os sites devem manter os dados por seis meses.
A ideia da norma é
facilitar, por exemplo, investigações policiais. Assim como nos casos dos
grampos telefônicos, porém, as autoridades só terão acesso aos dados se tiverem
uma ordem
O Marco Civil da
Internet foi aprovado pela Câmara dos Deputados na noite de
terça-feira (25) com modificações negociadas entre o governo, base aliada e
oposição.
O texto, porém, ainda
não está em vigor: o assunto será, agora, debatido no Senado Federal.
O objetivo do marco
regulatório, que tem sido chamado de "Constituição da Internet", é
determinar direitos e deveres para os usuários e estabelecer normas para
provedores e empresas de tecnologia. Atualmente, não há legislação sobre o
assunto.
O debate sobre pontos
polêmicos trancou a pauta da Casa por cinco meses (como o Executivo havia
pedido urgência, outros projetos não podiam ser votados antes).
Entenda abaixo como o
texto aprovado pelos deputados pode afetar a vida dos usuários.
Velocidade dos sites
Sem a legislação, os
provedores podem, por exemplo, beneficiar sites parceiros com maior velocidade.
Nos Estados Unidos, a Netflix pagou provedor para que a velocidade de sua
página fosse maior. O fato provocou debate sobre se isso não desfavorece sites
concorrentes.
Pelo texto do Marco
Civil enviado ao Senado, essa prática fica proibida no Brasil. Os provedores
podem continuar vendendo pacotes de dados diferenciados por velocidade, mas sem
facilitar a navegação em determinados sites ou dificultar em outros.
As empresas de
telecomunicações criticaram esse ponto, pois dessa forma não podem vender
pacotes mais baratos, sem determinados sites, por exemplo.
Vingança pornô
Atualmente, não há
regras claras sobre quando sites (como o YouTube, por exemplo) podem ser
responsabilizado por conteúdos publicados por usuários.
O texto do Marco
Civil da Internet aprovado na Câmara estabelece que, em princípio, sites não
podem ser punidos por manter no ar conteúdo publicado por terceiros, a não ser
que haja uma decisão judicial sobre o assunto e que o site a tenha
desobedecido.
O objetivo é impedir
a chamada "censura privada".
Mas há uma exceção:
trata-se dos casos de vídeos ou fotos ofensivos em que a vítima direta
solicitar a retirada. A regra vale para a pornografia de vingança (quando
vídeos de relações íntimas são expostas na internet).
Privacidade do
usuário
Hoje, dados dos
usuários podem ser comercializados livremente entre os provedores, empresas e
sites.
O texto aprovado do
Marco Civil proíbe o fornecimento dos registros de conexão e de acesso a sites
da internet dos usuários, a não ser com autorização do internauta.
Apesar de o comércio
ser vetado, os provedores ficam obrigados a guardar dados de navegação dos
usuários por um ano. Os sites devem manter os dados por seis meses.
A ideia da norma é
facilitar, por exemplo, investigações policiais. Assim como nos casos dos
grampos telefônicos, porém, as autoridades só terão acesso aos dados se tiverem
uma ordem
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