De acordo com o depoimento do piloto de avião
Cesar Pena Fernandes, 62 anos,
residente em Santarém, Pará, proprietário
da empresa Arizona Taxi Aéreo, decolou hoje (12), por volta das 8h30 da pista São José em
Santarém com destino à Mineração Maney, em voo fretado, pelo proprietário da empresa mineradora.
No depoimento prestado ao delegado de Polícia
Civil Lucivelton Ferreira, Pena disse que quando pousou na pista da mineradora
por volta de 9h50, havia uma forte chuva e enquanto esperava a chuva aliviar
ainda dentro da aeronave, quatros homens fortemente armados apareceram de
repente anunciando o assalto rendendo os ocupantes de uma caminhonete que fora
buscar os passageiros e perguntando onde se encontrava cerca de 25 kg de ouro,
na abordagem um dos assaltantes disparou um tiro acertando no pescoço de um
senhor de prenome Sancler.
Os assaltante usando de violência levou o
piloto, o proprietário da mineradora e mais 3 pessoas para o escritório da
empresa. No interior do escritório deram rajadas nas paredes, computadores e
queriam saber onde ficava o cofre. No depoimento Pena disse que o gerente da
mineradora abriu cofre mostrando aos assaltantes que não havia ouro. Em seguida
o grupo foi até o moinho e coletou uma pequena quantidade de ouro que estava em
um tecido.
Segundo Pena, um dos assaltantes perguntou
quem era o piloto da aeronave. “Eu me identifiquei e eles me obrigaram a entrar
no avião e decolar”, disse, acrescentando que um dos assaltantes lhe passou um
papel onde estava anotada a latitude e longitude da pista do km 180 da rodovia
transamazônica, local onde, segundo os bandidos havia um veículo esperando pelo
grupo.
Segundo Pena, um dos assaltantes perguntou
quem era o piloto da aeronave. “Eu me identifiquei e eles me obrigaram a entrar
no avião e decolar”, disse, acrescentando que um dos assaltantes lhe passou um
papel onde estava anotada a latitude e longitude da pista do km 180 da rodovia
transamazônica, local onde, segundo os bandidos havia um veículo esperando pelo
grupo.
Durante o voo os assaltantes que estavam com
capuz, dois usavam coletes pretos a prova de balas sem identificação, todos com
camisas de malha mangas longas, 3 vestiam calça jeans, um com calça estilo
social. Demonstrando calma e muita experiência adquirida em 20 anos de voo na
região, Pena passou observou que eles tinham 3 armas longas tipo fuzil, uma
escopeta cano duplo e dois revolveres.
Pena em seu depoimento disse que argumentou
com os assaltantes que sua aeronave não tinha combustível suficiente para
chegar até o km 180 e que a única saída seria pousar em Jacareacanga. “Com
muita conversa eles aceitaram pousar no aeroporto de Jacareacanga, mas me
ameaçaram dizendo que se houvesse polícia eles me matariam. Eles se dirigiam
entre si sempre se chamando de ‘cara’ e eles comentaram que iriam matar o
informante, pois o mesmo havia falado que a aeronave iria buscar 25 kg de ouro
na mineradora”, informou Pena, acrescentado que após pousar a aeronave de
prefixo PR-LAX na cabeceira da pista os bandidos desceram e se embrenharam na
mata.
A polícia civil e militar estiveram
vistoriando a aeronave e encontraram uma sacola do Supermercado Duvale de
Itaituba, estojo para cartucho de pistola automática, o papel escrito com as
coordenadas da pista do Km 180 e uma flanela vermelha que segundo o Delegado de
Polícia Civil Lucivelton Ferreira todo o material será encaminhado à perícia
juntado nos autos. A policia civil juntamente com homens da Força Nacional e homens do Comando de Missões Especiais da
Polícia Militar estão fazendo buscas na mata em redor da cidade e Jacareacanga.
Segundo o Delegado Lucivelton devido o armamento pesado com os bandidos portam,
eles podem tentar tomar de assalto algum veículo na Transamazônica e empreender
fuga. “As policias em conjunto estão montando barreiras na rodovia e fazendo
buscas no em torno da sede do município. Uma coisa é
certa, eles não estão longe é questão de tempo para eles serem presos”, disse.
Fonte: Tapajós em Foco
Texto e fotos: Repórter Nonato Silva-JCR
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