Cerca de 150 indígenas ocuparam sítio |
Cerca de 150 índios de diversas etnias, como Xikrin, Xipaia,
Munduruku e Arara, invadiram na manhã desta quinta-feira (2) o sítio
Belo Monte, em Vitória do Xingu, sudoeste do Pará. Os indígenas chegaram
em quatro ônibus, armados com flechas bordunas, uma arma indígena
semelhante a uma clava. Uma parte dos manifestantes entrou no canteiro
de obras, enquanto o restante ficou na entrada do local impedindo a
entrada e saída de pessoas.Segundo a assessoria do Consórcio
Construtor Belo Monte (CCBM), ainda não se sabe se os índios causaram
algum dano à propriedade. Ainda de acordo com o CCBM, a ocupação não
prejudicou as atividades, já que a invasão aconteceu no dia do pagamento
de funcionários, quando há pouca atividade nos canteiros e a maioria
dos trabalhadores se concentra nas áreas administrativas.
De acordo com a Norte Energia, responsável pelo empreendimento, os
índios vieram da região do Tapajós e ainda não anunciaram qual seria a
pauta de reivindicação dos ocupantes.
O Conselho Indigenista Missionário (CIMI), órgão de defesa dos direitos indígenas vinculado à CNBB, divulgou uma carta aberta sobre a ocupação do sítio em Vitória do Xingu. No documento, o CIMI diz que "Vocês (os construtores da barragem) estão apontando armas na nossa cabeça. Vocês sitiam nossos territórios com soldados e caminhões de guerra. Vocês fazem o peixe desaparecer. Vocês roubam os ossos dos antigos que estão enterrados na nossa terra".
O G1 entrou em contato com a Funai, que afirmou não ter informações sobre a ocupação.
Entenda o caso
A usina hidrelétrica Belo Monte está sendo construída no rio Xingu, no sudoeste do Pará. O empreendimento tem oposição de ambientalistas e do Ministério Público Federal, que acredita que a obra irá trazer consequências irreversíveis para o ecossistema da região, trazendo impactos negativos para as comunidades tradicionais que vivem próximas ao local da barragem.
O Conselho Indigenista Missionário (CIMI), órgão de defesa dos direitos indígenas vinculado à CNBB, divulgou uma carta aberta sobre a ocupação do sítio em Vitória do Xingu. No documento, o CIMI diz que "Vocês (os construtores da barragem) estão apontando armas na nossa cabeça. Vocês sitiam nossos territórios com soldados e caminhões de guerra. Vocês fazem o peixe desaparecer. Vocês roubam os ossos dos antigos que estão enterrados na nossa terra".
O G1 entrou em contato com a Funai, que afirmou não ter informações sobre a ocupação.
Entenda o caso
A usina hidrelétrica Belo Monte está sendo construída no rio Xingu, no sudoeste do Pará. O empreendimento tem oposição de ambientalistas e do Ministério Público Federal, que acredita que a obra irá trazer consequências irreversíveis para o ecossistema da região, trazendo impactos negativos para as comunidades tradicionais que vivem próximas ao local da barragem.
Fonte: No Tapajós
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