
Por contrariar interesses de pessoas economicamente influentes dentro do município, o juiz teria sido acusado no último final de semana, sem nenhuma motivação, de assédio sexual a uma jovem ao sair de uma locadora de vídeo. O caso teria sido registrado inclusive na delegacia de polícia local. “A CPI não vai aceitar essas pressões e nem se intimidar com esse tipo de situação”, disse o relator da CPI durante a Sessão Especial para marcar o Dia Estadual contra a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Arnaldo Jordy lamentou que, em Itaituba, pessoas “poderosas” estejam querendo inviabilizar e descaracterizar o trabalho da CPI, anunciando que vai pedir ao Tribunal de Justiça do Estado, ao Ministério Público e às autoridades governamentais mais empenho na apuração das denúncias para que nenhum caso fique impune, até porque, segundo ele, o caso em questão, trata-se de uma rede de agenciamento e de aliciamento contra menores. “Por isso, é preciso que seja dada prioridade a esse caso”, disse o relator.
Segundo o deputado mais do que denunciar, o principal objetivo da CPI é mobilizar os poderes e a sociedade à discussão de temas como esse a fim de que crimes de abuso sexual contra crianças e adolescentes não fiquem banalizados. Embora a CPI já tenha recebido em torno de duas mil denúncias de abuso contra menores, ele considera que a situação no Estado é infinitamente mais grave, mas defende que a Comissão tem conseguido fazer a sua parte, o seu dever de casa. “No início até achava que não mexeriam aqui ou acolá, mas em quatro meses de instalada, a CPI já levou até a cassação de um deputado”, disse. Para Jordy, isso é um exemplo de que nos trabalhos da CPI não existe interferência de partidos e nem tráfico de influência. “O que existe é um pacto pela vida em defesa dessas crianças e adolescentes”, reforçou.
Farol do Tapajós
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