30 de janeiro é o dia mundial da não-violência. A data ficou sendo uma homenagem ao líder indiano Mahatma Gandhi. Líder pacifista indiano. Principal personalidade da independência da Índia. Seu nome verdadeiro era Mohandas Karamchand Gandhi que nasceu em 1869 e morreu em 1948, ganhou o apelido de Mahatma que significa “grande alma”. Formou-se em direito em Londres e, em 1891, voltou para a Índia a fim de praticar a advocacia.
Dois anos depois, vai para a África do Sul, também colônia britânica, onde inicia o movimento pacifista, lutando pelos direitos dos hindus. Volta à Índia em 1914 e difunde seu movimento, cujo método principal é a resistência passiva. Nega colaboração com o domínio britânico e prega a não violência como forma de luta.
Em 1922, organiza uma greve contra o aumento de impostos, na qual uma multidão queima um posto policial. Detido, declara-se culpado e é condenado à seis anos, mas sai da prisão em 1924.
Gandhi lutou pela libertação de seu país das mãos do governo britânico. Os quatro principais pensamentos de Gandhi eram a verdade, o amor, a não-violência e a não-cooperação, aos quais se poderá ainda acrescentar a desobediência civil. Para muitos estudiosos Gandhi havia descoberto o princípio na não-violência observando a vida de Cristo, ledo engano, pois Cristo declarão que não veio abolir a lei, e sim cumpri-lá. Gandhi foi morto no dia 30 de janeiro de 1948 pouco depois da Índia ter conquistada a independência.
Hoje, o princípio da não-violência ainda é viável? Como cristãos, devemos lutar por ele? Realmente existiu alguma influencia cristã nas ações de Gandhi?
De acordo com Romanos 13.1-2 “Todos devem respeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. Portanto aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aquele que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos”.
Nós, filhos de Deus , podemos ser idealistas sem ser rebeldes. Tenho certeza que uma pessoa pode mudar a história de uma nação ou até o mundo.
Ao exemplo de Gandhi e outros como Martin Luther King Jr, e Martinho Lutero, podemos mudar a história de muitas pessoas.
Todos tinham um ideal, um sonho e lutaram por eles até que uma dia puderam ver que a luta não foi em vão, mas com um propósito. Se não fosse a rebeldia de Martinho Lutero, hoje não existiria os protestantes ou os evangélicos, se não fosse por Martin Luther King, hoje os americanos negros e as classes menos favorecidas como os latinos não conquistariam os mesmos direitos dos brancos ou americanos natos, se não fosse por Gandhi talvez a estaria Índia até hoje sob o domínio britânico.
Gandhi viveu em uma época conturbada, aonde a Índia vivia sobre o domínio da Inglaterra e de seus próprios conflitos internos, luta entre hindus e mulçumanos.
Os ingleses, sendo representantes de uma cultura cristã, dominavam e oprimiam o povo em nome do que eles chamavam uma Ìndia mais segura, mais ocidental.
Gandhi já tinha criado uma situação de desconforto na África do Sul ao lutar contra a discriminação racial antes de voltar para a Índia e reforçar o desejo pela independência. A Índia conseguiu liberdade e foi dividida, sendo criado o Paquistão para os mulçumanos. Até hoje o sistema de castas continua oprimindo e matando por lá. Gandhi contribuiu para que houvesse transformação, e com certeza alguns princípios cristãos o influenciaram.
Se ao olharmos para a vida desse homem e concluirmos que sua vida e sua doutrina não foram 100% Cristo, mas conseguiu mudanças significativas, o que diremos de nós, os do Caminho?Devemos orar para que nós cristãos, irmãos na fé não nos tornemos a casta evangélica mundial, aprisionando Deus em nossos conceitos que não condizem com o verdadeiro caráter e propósito de Jesus Cristo – “Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas. Quem crer e for batizado sera salvo, mas os que não crer sera condenado” – Marcos 16.15 NVI.
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