Os casos de malária diminuíram 70% em todo o estado em 2013, de acordo com a Secretaria de Saúde do Pará (Sespa). De janeiro a novembro de 2013 foram 28.292 casos, e no mesmo período em 2012 foram registrados 92.034 casos. A redução foi maior no município de Ipixuna do Pará.
Apesar dos resultados positivos no ano passado, em algumas regiões a malária ainda preocupa: 17 municípios concentram 90% de todos os casos e são considerados pela Sespa prioridade no controle da doença. Uma das cidades é Itaituba, no sudeste do estado, que concentra cerca de 40% dos casos. Em 2013, foram 12.570 pessoas com a doença.
A área de garimpo é onde existe a maior incidência, de acordo com a secretaria de saúde do município. O garimpeiro Julimar Silva já perdeu as contas de quantas vezes já pegou a doença. “Não tem jeito, não adianta. Você dorme em um barraco e às vezes tem um infectado. E aí você pega também”, disse.
A Sespa diz que pretende intensificar as ações de controle da malária, já que o mosquito transmissor, o anófeles, está presente nas áreas de floresta, na Amazônia. “Ano passado nós distribuímos, só em Itaituba, 10 mil mosqueteiros. Ainda vamos distribuir 20 mil, dos 60 mil que estamos adquirindo. Na Amazônia, não vai se acabar com a malária tão cedo. O que nós temos que fazer é controlá-la”, diz Hélio Franco, titular da Sespa.
Na casa de Verônica Pontes, desde que ela contraiu malária, para dormir ela costuma usar mosquiteiro. “Todo mundo aqui, graças a Deus, dorme debaixo do mosquiteiro para carapanã não ferrar a gente, para não pegar malária”, disse.
Essa foi uma pequena mudança de hábito que trouxe grandes resultados em Ipixuna, no nordeste do estado. O numero de casos de malária no município reduziu 98%: em 2013 foram 1.408 casos contra 39 em 2013.
A prefeitura do município, que tem pouco mais de 50 mil habitantes, atribui a redução do índice à campanha educativa feita principalmente junto à população ribeirinha no ano passado.
Segundo a Sespa, qualquer posto de saúde pode realizar o exame da malária. Se o resultado for positivo, o paciente deve sair de lá com o remédio.
Fonte: G1 Pará
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