Os deputados que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura casos de pedofilia em todo Estado querem mais tempo para investigar as centenas de denúncias que têm chegado à Assembleia Legislativa do Pará, desde que os trabalhos começaram. Será apresentado hoje ao plenário da Casa pedido de prorrogação do prazo para apresentação do relatório final da CPI. A expectativa é de que o prazo seja prorrogado por mais 60 dias.
Em princípio, o encerramento dos trabalhos seria 11 de abril, isso já com prorrogação de 30 dias prevista no Regimento da AL. Os integrantes da CPI, contudo, alegam que, “dada à importância social da questão”, vão recorrer à jurisprudência existente no Supremo Tribunal Federal que permitiria prorrogações sucessivas, desde que dentro da mesma legislatura. Com a prorrogação, os trabalhos devem se estender até 11 de junho.
Nesta semana, a CPI terá duas atividades consideradas fundamentais para as investigações. Amanhã ouvirá o depoimento do deputado Luiz Afonso Sefer (sem partido), acusado de ter abusado de uma menina de nove anos que morava em sua casa. O deputado pediu para ser ouvido reservadamente, mas o pedido foi negado.
Também nesta semana, a CPI terá audiências públicas e vai ouvir acusados e vítimas de abusos sexuais nos municípios de Breves e Portel, na ilha do Marajó. Os dois municípios estão entre os locais com maior número de ocorrência e são alvos das denúncias feitas pelo bispo do Marajó, dom Luiz Azcona. Essas denúncias motivaram a criação da CPI.
Os deputados devem ir também a Itaituba, onde há denúncias de violação dos direitos sexuais de crianças e adolescentes.
Diário do Pará
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