Relatório da coordenação de endemias divulga queda no número de casos de dengue entre 2008 e 2009. Mas o problema ainda existe, especialmente pela falta de cuidados da própria população. A Sespa alerta ainda que Itaituba está em risco de abrigar o vírus ‘tipo um’ da doença.
Segundo o coordenador de Endemias da Sespa em Itaituba, Evilson Costa Gomes, o município abriga atualmente os tipos 2 e 3 do vírus da dengue. Mas há possibilidade de contágio pelo vírus tipo 1, já que, nos municípios de Rurópolis e Santarém, foram identificados casos positivos desta modalidade da doença. Todos os dias, pessoas desses dois municípios chegam a Itaituba e vice-versa. Elas fazem parte da chamada população flutuante, que vive em freqüentes viagens.
Por outro lado, o último relatório divulgado pela Coordenação de Endemias identificou queda nos números da dengue, entre 2008 e 2009, com ênfase à relação entre os dois primeiros meses do ano. Em janeiro de 2008, foram confirmados 123 casos da doença, contra 13 confirmados em janeiro de 2009.
Em fevereiro de 2008, foram confirmados 216 casos, contra 20 confirmados em fevereiro de 2009. Para a Secretaria de Saúde do Estado, esses números podem representar vitórias parciais na guerra contra a dengue, mas não significam exatamente uma grande conquista. O ideal, diz o coordenador de Endemias, é chegar ao índice zero, meta que o Estado persegue desde o surgimento da doença.
Se por um lado já existe um nível maior de conscientização na população de Itaituba, por outro lado, ainda falta integração de parte dela. Essa parcela é formada, em sua maioria, pelos donos de terrenos baldios. Eles não cuidam de suas áreas, que acabam servindo de depósito para uma grande quantidade de lixo.
Os terrenos desocupados que não recebem os devidos cuidados acabam se transformando em depósito de lixo. Eles representam diversos problemas: para os donos, que podem ser penalizados através do Decreto Municipal, que estabelece multa ou perda da área para os ‘descuidados’, e para os moradores dos arredores, já que eles são potenciais criatórios do mosquito ‘Aedes Aegypti’, transmissor da doença.
Para Evilson Costa Gomes, os terrenos baldios não são exatamente o maior problema, apesar de abrigarem significativa quantidade de focos do mosquito. “Nossa maior preocupação é com as residências. Apesar de termos identificado significativa redução no número de casos, a infestação predial, que representa o número de focos encontrados nas casas, cresceu. O que alertamos é que as pessoas cuidem de seus poços, cisternas, caixas d´água e outros reservatórios”, conclui o coordenador de endemias.
Fonte: Blog Tapajonica
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