A empresa Gorski Integradora, que já atua no Mato Grosso nos campos de logística de transportes e do agronegócio, apresentou ao Governo do Estado, na tarde desta segunda-feira, 6, o projeto preliminar de uma central de logística hidro-rodo-ferroviária no Pará, com previsão de entrar em operação em março de 2019 no município de Itaituba, às margens do rio Tapajós.
O Grupo, representado pelo sócio brasileiro Antônio Carlos Gorski, firmou um Protocolo de Intenções na sede da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), em Belém, que objetiva estabelecer e consolidar a parceria institucional entre o poder público estadual e a iniciativa privada.
O objetivo é assegurar condições para a instalação da central logística nos modais de cargas gerais (container, laticínios, carnes, madeira), grãos e derivados (óleos vegetais, farelo, ração), líquidos (gasolina, óleo diesel, biodiesel, etanol de cana e grãos) e fertilizantes, e uma retroárea destinada à implantação de um complexo agroindustrial, contendo, entre outros, um laticínio e uma fábrica de suplementos para ruminantes, com localização na margem direita do Rio Tapajós, em Itaituba.
O contrato foi assinado pelo empresário Antônio Carlos Gorski e pelos secretários de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Giovanni Queiroz, e de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, Adnan Demack.
O secretário Adnan Demachki ressaltou que o Pará quer contribuir com o centro oeste brasileiro para escoar a produção de soja pelos portos paraenses, mas o Estado não pode ser relegado a mero corredor de passagem. As empresas que querem se instalar no Tapajós precisam contribuir com o desenvolvimento daquela região, daí a negociação da Sedeme com a Gorsky para que ela implante, além do porto, duas indústrias na região, um laticínio e uma fábrica de ração, que gerará novos empregos e renda para o Tapajós.
"Temos feito um esforço para propiciar condições para a realização de investimentos no setor produtivo, mediante a formação de parcerias com o setor privado, visando o incremento do desenvolvimento industrial. O que efetivamente irá transformar o Estado é a sua industrialização", frisou Adnan.
"Nós nos lançamos um desafio e começamos a trabalhar'', afirmou Antônio Gorski, logo após anunciar que a principal estrada (do Pimental) que leva à central logística é antiga e já está pronta. O executivo garantiu que os estudos ambientais e técnicos estão concluídos, prontos para serem apresentados.
"Temos consumidor, queremos a ajuda do Governo estadual para vencer alguns entraves burocráticos. Os estudos e levantamentos estão todos prontos, mas queremos a referência do Estado para que a gente consiga fazer sem erros e a gente vai arregaçar as mangas e fazer o que deve ser feito o mais breve possível'’, frisou Antônio Gorski.
Os diretores da Sedeme, Cláudio Conde, Alfredo Barros e Sérgio Menezes, respectivamente, das pastas de Energia; Parceria Público-Privado; e Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços; além de dirigentes de entidades de classe, a exemplo do presidente da Associação Comercial do Pará (ACP Pará), Lúcio Fábio Costa e do vice-presidente da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), Jorge Mendonça, entre outras autoridades, acompanharam a reunião que celebrou o Protocolo de Intenções. "A partir de agora, essa será a referência para outras empresas que quiserem se instalar no Tapajós. Não somente o porto, mas indústrias", finalizou o secretário Adnan Demachki.
Infraestrutura
A execução do projeto Central Logística Itapacurá – Complexo Agroindustrial já começou no distrito de Miritituba. A Gorski já construiu sete dos 17 quilômetros do ramal que leva até o porto, à margem direita do rio Tapajós, onde serão instalados os terminais de carga com carregamento duplo de barcaças. Nesse trecho, o rio tem seis metros de profundidade, o que permite a aproximação de grandes navios para o embarque de cargas.
O projeto inclui o aproveitamento da bacia leiteira da região para instalação de laticínios e uma fábrica de ração. Gorski informou que é possível importar clones congelados para melhorar a qualidade do gado paraense num período de três anos. Nos próximos cinco meses já haverá energia elétrica no local, mas não suficiente para viabilizar o projeto. Para isso será necessário o apoio do Governo do Estado, assim como também para a abertura de estradas e para o licenciamento ambiental do empreendimento.
Fonte: Agência Pará
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