Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, durante reunião com o presidente da República, Michel Temer, e Estados |
Reunião entre governo e unidades da
federação fecha pacto pela austeridade fiscal. Medida vai ajudar governadores a
organizar caixa e a trazer de volta o crescimento econômico
O
Palácio do Planalto fechou acordo com os governadores que vai liberar R$ 5
bilhões para os caixas dos estados e do Distrito Federal. Esses recursos são
parte de um pacto maior que vai garantir o ajuste fiscal e a retomada do
crescimento do País.
O
dinheiro, segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, virá da multa paga
por quem repatriou recursos que estavam no exterior. Esses valores são alvo de
disputa judicial entre governadores e a União. Com esse pacto, os estados devem
desistir das ações que correm no Supremo Tribunal Federal (STF).
“A repatriação da multa vai
permitir que os estados paguem o 13º salário. Esse valor [os R$ 5 bilhões]
está longe de resolver o problema dos estados, mas durante o período de
implantação dos ajustes, é uma medida importante”, argumentou Meirelles.
Ele
explicou que esses recursos vão ajudar na transição dos estados para um cenário
melhor, de equilíbrio de contas. A liberação do dinheiro, no entanto, depende
de uma série de contrapartidas.
Como será feito o ajuste
nos estados
Nos próximos dias, os secretários
de Fazenda dos estados vão se reunir com o Tesouro Nacional para debater
medidas de ajuste fiscal. A expectativa é de que as unidades da federação
cheguem a um projeto semelhante ao teto dos gastos públicos proposto pelo
governo do presidente Michel Temer.
Além
dessa medida, eles devem ainda aderir a um programa de reforma para as
previdências estaduais e cortar em até 20% os cargos de confiança – esse ajuste
terá de ser feito frente ao gasto com esses funcionários realizado em 2015.
Solução para a crise
fiscal
“Esse
valor será repassado pelo governo federal depois de concluído todos os
acordos”, observou Meirelles. “Evidentemente, o programa de austeridade é um
programa de longo prazo. Hoje é um dia importante porque isso é o que vai
resolver a crise fiscal dos estados e no Brasil”, afirmou.
Os
estados e o Distrito Federal ainda devem ter de colaborar para que se resgate o
acordo original, feito no início do segundo semestre, que repactua as dívidas
estaduais. Parte das contrapartidas que estavam no texto foram retiradas
durante a tramitação no Congresso.
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