Foi encerrado na última terça-feira (31) o prazo para vacinação do rebanho contra a febre aftosa. O produtor rural deve comprovar a vacina junto à Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) até o dia 15 de junho, levando a nota fiscal de compra da vacina e atualizando o cadastro. A ação faz parte da primeira etapa da Campanha Estadual de Vacinação contra a doença, que começou em 1º de maio.
A meta do Governo do Estado é manter o Pará livre da doença com vacinação, o que exige cobertura vacinal acima de 90%, meta que vem sendo alcançada desde 2005. A Adepará é responsável pela campanha, que tem importância estratégica para a balança comercial do Pará.
Segundo o gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa da Adepará, George Santos, somente com o fim do período de notificação é que se terão os números oficiais da etapa, mas alguns indicativos são sintomáticos de que o Pará deve manter a meta de cobertura vacinal acima de 90% e, assim, o status conquistado em 2014 junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
“O importante é a proteção do rebanho. A vacina é a única forma de evitar a febre aftosa e também de manter o Estado livre da doença. Felizmente, a maior parte dos produtores é consciente quanto à importância de comunicar a vacinação à Adepará, do quanto ela é parte da etapa. Sem ela, é como se não houvesse a vacinação”, informa o gerente.
“Os dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) apontam para a venda direta de mais de 16 milhões de doses de vacinas para o Pará a partir da segunda metade de abril, sendo que, no Estado, as revendas já tinham em estoque de mais de cinco milhões de doses. Até o dia 24 de maio, o Sistema de integração Agropecuária (Siapec) apontava para um total de venda de 15.957.640 doses de vacinas vendidas, o que dá uma dimensão de que o Pará está no caminho de manter o status, sem falar que nos últimos dias a venda chega ao ápice”, completa George Santos.
O diretor geral da Adepará, Luciano Guedes, ressalta a importância estratégica de manter o Pará com o status atual. “Nosso Estado produz muito mais carne bovina do que consome. Os paraenses consomem apenas 25% do que produzem. Assim, o Estado precisa garantir mercados. A vacinação e a comprovação dela são exigências não só dos Estados compradores como de outros países. Existe um acordo internacional que exige isso. O Pará é livre de aftosa com vacinação, e para manter esse status precisamos ter a vacinação”.
Por Camila Moreira/Agência Pará
Nenhum comentário:
Postar um comentário