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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Sespa vai intensificar combate ao mosquito Aedes aegypti

O diretor do Departamento de Controle de Endemias da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Bernardo Cardoso, informou nesta segunda-feira (30) que a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) vai aumentar o número de agentes no combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya. Atualmente, o número de agentes faz a borrifação com o larvicida nas residências, assim como o combate aos possíveis focos do mosquito, é de 580, mas em um mês, a Sespa, em parceria com a Sesma, quer aumentar esse número para 900.

Além do reforço no número de agentes, uma equipe técnica da Sespa estará essa semana em Santarém, Altamira e Itaituba, municípios com maior população, para trabalhar junto aos gestores de saúde locais no combate ao mosquito. A mobilização foi causada pelo anúncio, no último sábado, 28, pelo Ministério da Saúde, de que o zika vírus teria sido responsável pela morte da paraense Layssa Feleol, de 16 anos, no Hospital Barros Barreto, no final de outubro.
O zika é uma doença viral aguda, transmitida principalmente por mosquitos como o Aedes aegypti. O paciente tem febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça. O Ministério da Saúde confirmou no último sábado a relação entre o vírus e o surto de microcefalia na região Nordeste, que ocasionou a morte de um bebê, no Ceará. O Instituto Evandro Chagas identificou a presença do zika vírus em amostras de sangue e tecidos desse bebê.
As ações da Sespa no combate ao mosquito transmissor do zika vírus, dengue e febre chikungunya vão reforçar também a mobilização junto à sociedade. “É preciso que a população acabe com os focos de água parada e colabore, permitindo a entrada dos agentes em suas casas”, reforçou o diretor do Departamento de Controle de Endemias da Sespa.
Cuidados - A Secretaria de Saúde volta a recomendar que as Secretarias Municipais de Saúde fiquem atentas ao que está mantido no protocolo, multiplicando as informações já recebidas com as equipes de Vigilância Epidemiológica, Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Endemias. Sendo assim, a Sespa, conforme orientação do Ministério da Saúde, recomenda que grávidas compareçam às consultas e exames de pré-natal realizadas pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), vinculadas aos municípios.
O órgão estadual recomenda ainda que os profissionais de saúde da Atenção Básica estejam mais empenhados nesse acompanhamento das gestantes, sobretudo em relação aos sintomas suspeitos, às vacinas e no aconselhamento sobre os cuidados domésticos que podem evitar a propagação dos mosquitos, como evitar jogar lixo na rua e manter o quintal de suas casas limpos e sem acúmulo de água, mesmo nos mínimos recipientes, como tampas de refrigerantes pet e copos descartáveis.
Ainda em relação às gestantes, as UBS devem orientá-las a não consumirem bebidas alcoólicas ou qualquer outro tipo de drogas; não utilizar medicamentos sem orientação médica e evitar contato com pessoas com febre ou infecções. É importante também que as gestantes adotem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para grávidas.
Quando há necessidade, a Sespa também faz o controle vetorial, como bloqueio de transmissão viral nas localidades, e articula ações com órgãos municipais de saneamento e limpeza urbana, tendo em vista a melhoria da coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Também fazem parte das ações atividades de educação e mobilização, visando a participação da população no controle da dengue.
Fonte: Agência Pará

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