Duas das três empresas
acusadas já haviam sido condenadas por utilizar veículos com excesso de peso em
rodovias federais do Estado
O
Ministério Público Federal (MPF) encaminhou à Justiça ação em que acusa a
transportadora Floresta do Araguaia, a mineradora Floresta do Araguaia e a
Siderúrgica do Pará (Sidepar) por danos provocados pelo transporte de carga com
excesso de peso em rodovias federais no Estado em 2014 e 2015.
O MPF
pede decisão urgente que impeça os veículos da transportadora de trafegarem com
excesso de carga, com a aplicação de multa de R$ 40 mil para cada veículo
flagrado com a irregularidade. O MPF também pede que as empresas sejam
condenadas a pagamento de R$ 350 mil por danos materiais e de R$ 300 mil por
danos morais provocados.
Pela
mesma irregularidade, cometida em 2011, a mineradora e a siderúrgica já haviam
sido acusadas pelo MPF e condenadas pela Justiça Federal a pagamento de R$ 130
mil. A sentença foi publicada em agosto do ano passado. Ao solicitar à Polícia
Rodoviária Federal informações sobre autuações contra as empresas desde então,
o MPF foi informado que, de setembro de 2014 a janeiro de 2015, a mineradora e
a transportadora Floresta do Araguaia, integrantes do mesmo grupo econômico,
foram autuadas sete vezes.
“Notável
que a condenação pretérita das requeridas Siderúrgica do Pará – Sidepar e
Mineradora Floresta do Araguaia S/A não as inibiu de novamente realizar a
circulação de seus veículos com peso superior ao permitido, o que é
lamentável”, critica na ação a procuradora da República Lilian Miranda Machado.
O MPF
lembra na ação que o transporte de minério em sobrepeso coloca em risco direto
não só a vida do motorista do caminhão mas também a integridade dos demais
usuários do sistema rodoviário. O excesso de peso danifica o pavimento e
provoca maior desgaste dos pneus, afetando a eficiência da suspensão e freios
dos veículos, o que também tem consequências para a economia e para o meio
ambiente.
“Inegavelmente
os efeitos advindos do excesso de peso são ameaça à perfeita segurança dos
usuários das rodovias e, consequentemente, à vida destes, sendo premente a
necessidade de obstrução deste ciclo vicioso que se formou ao longo dos anos”,
alerta a ação.
Ministério
Público Federal no Pará
Assessoria
de Comunicação
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