Cabos de fornecimento de energia no Distrito de Miritituba. Foto: Gilson Vasconcelos |
O aumento de preço da energia elétrica responde por um quarto (24,56%) da alta de 4,56% da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2015, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira. Quando se considera o IPCA acumulado em 12 meses, de 8,17%, a energia representou um quinto (19,33%) da alta. Entre janeiro e abril, os preços de energia subiram 38,12%. Em 12 meses, a alta acumulada é de 59,93%.
— A energia elétrica foi a principal influência para a inflação no ano — explicou a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.
Considerada a taxa oficial no país, a inflação medida pelo IPCA ficou em 0,71% em abril. O resultado desacelerou frente a março, quando o índice subiu 1,32%. Nos 12 meses encerrados em abril, a inflação chegou a 8,17%, a mais alta desde o período de 12 meses encerrados em dezembro de 2003, quando somou 9,30%.
Os preços de energia vêm subindo como reflexo da seca no país. Sem chuvas, o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas caiu, o que levou ao aumento do uso da energia das usinas termelétricas, com preço mais alto.
Além disso, a medida provisória 579, de 2012, reduziu as tarifas de energia criou custos para as empresas geradoras e transmissoras de energia, que acabaram pesando mais à frente. Em 2013, o preço de energia elétrica caiu 15,66%, seguida por uma alta de 17% em 2014.
E mais aumento de energia vem por aí na inflação em maio, por causa de reajustes já anunciados em algumas capitais. Em Recife, um reajuste anual de 11,13% passou a valer em 29 de abril. A partir de 22 de abril, subiu o preço da energia em 8,58% em Fortaleza. Em Belo Horizonte, houve aumento de 6,56% em 8 de abril
Fonte: ORM News
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