sexta-feira, 1 de maio de 2015

Adepará lança Campanha Estadual de Vacinação contra a Febre Aftosa

A Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) lançou nesta quinta-feira (30) a Campanha Estadual de Vacinação contra a Febre Aftosa/ Etapa Maio 2015. O evento ocorreu no município de Santarém, no oeste paraense, com a presença de autoridades de governo, sindicatos rurais e produtores. A vacinação do rebanho de bovinos e bubalinos do Estado será entre 1º e 31 de maio, em todo o território paraense, com exceção do Arquipélago do Marajó e municípios de Faro e Terra Santa.

A Adepará é a responsável pela campanha, que tem importância estratégica para a balança comercial do Estado. Mais de 500 servidores estarão envolvidos e acompanharão o trabalho para garantir que todo o processo de vacinação atenda às metas da Agência, que é alcançar o mais alto índice vacinal.
Segundo o diretor geral da Adepará, Luciano Guedes, a comunidade internacional estabelece barreiras comerciais à carne oriunda de regiões onde ainda ocorre a febre aftosa, o que causa prejuízos econômicos e sociais a muitos países produtores. “O Pará, detentor do quinto maior rebanho do Brasil, após ter conquistado o certificado internacional de área livre de febre aftosa, precisa se manter vigilante, com rigorosa fiscalização em toda a extensão do nosso território, para garantir que as portas do mercado internacional se mantenham abertas para a nossa atividade pecuária”, explica.
A estimativa é que esta etapa da vacinação abranja, no mínimo, 108.102 propriedades cadastradas pela Adepará em 130 municípios paraenses, sendo que, destas, 2,5 mil terão a vacinação assistida pela agência. Segundo o médico veterinário George Santos, da Gerência do Programa de Erradicação da Febre Aftosa da Adepará, o próprio produtor rural compra a vacina e faz a aplicação. “As vacinas podem ser adquiridas em qualquer revenda agropecuária cadastrada na Adepará e os preços variam de acordo com o laboratório da vacina, município e revenda agropecuária. O preço da dose é, em média, R$ 1,60”, diz.
Critérios – É obrigatório verificar se as vacinas estão armazenadas na temperatura correta, entre 2º e 8º C. Para isso, os médicos veterinários da Adepará, técnicos em agropecuária e auxiliares de campos fazem a fiscalização na revenda agropecuária no mínimo duas vezes na semana conforme estabelecido pelo Ministério da Agricultura. O produtor tem até o dia 15 de junho para notificar a Adepará da vacinação, devendo comparecer ao escritório da agência onde sua propriedade é cadastrada, apresentando a nota fiscal de compra das vacinas, e declarando o rebanho conforme espécies, quantidades, sexo e idades.
Para se ter uma ideia das dimensões do rebanho paraense, e da abrangência das ações de defesa sanitária da Adepará, basta considerar que somente o município de São Félix do Xingu é detentor do maior rebanho bovídeo do Estado, tendo cadastrado 5.206 propriedades e 2.214.722 cabeças. “O trabalho da Adepará não se limita à fiscalização da vacinação. Após o término da campanha, inicia-se o processo de busca aos inadimplentes e a Agência fará buscas em todos os municípios, com autuação, multas e vacinações compulsória”, informa George Santos.
O Arquipélago do Marajó e dois municípios da Zona de Proteção na divisa com o Estado do Amazonas – Faro e Terra Santa – não receberão esta etapa de vacinação do rebanho de bovinos e bubalinos. O Marajó, que tem especificidades geoclimáticas, terá vacinação de 15 de agosto a 30 de setembro. Já Faro e Terra Santa estão atualmente recebendo vacinação, com a participação do órgão no acompanhamento da Etapa de Combate à Febre Aftosa no Estado do Amazonas. Nos dois municípios a vacinação começou desde 15 de março e segue até 30 de abril.
Missão – A Adepará é responsável por cuidar da política de saúde animal e vegetal e de defesa sanitária do Estado. A agência atua hoje em todo o território paraense, com capilaridade nos 144 municípios por meio de suas 20 gerências regionais. A agência, que assumiu um novo modelo de gestão a partir da nomeação do médico veterinário Luciano Guedes, à frente do órgão desde o início de 2015, tem trabalhado de forma integrada a toda a cadeia produtiva agropecuária, ou seja, produtores rurais, indústrias e fornecedores de insumos e serviços agropecuários, distribuidores, cooperativas, associações e sindicatos, agroindústrias, comerciantes atacadistas e varejistas, importadores e exportadores, empresários e todos os outros operadores do agronegócio ao longo da cadeia de produção.
“Trabalhamos em defesa de todos os agricultores com menos burocracia e mais qualidade de gestão. Precisamos fortalecer ainda mais a classe rural e garantir igualdade de oportunidades para todos”, afirma Luciano. “Vamos mostrar que podemos dar um passo ainda maior, aprimorando e reorganizando pontos da defesa agropecuária, área tão importante para crescimento do Estado e sua balança comercial”, afirmou o diretor geral. “É necessário reduzir a burocracia em cima dos produtores, mas ser rígidos quando o assunto é fiscalização”, completa.
Segundo Luciano Guedes, hoje, dentro do foco do Pará, estão diversos projetos e programas, entre eles, a manutenção e ampliação de 100% de área livre da aftosa, combate à mosca da carambola, tornando o Pará a barreira nacional dessa doença, da fruticultura nacional, controle da brucelose bovina, programa de erradicação da anemia infecciosa equina (AIE), a certificação de produtos ligados a segurança alimentar nas áreas do pescado, da avicultura, da suinocultura, e o controle das pragas da soja, principalmente agora com a expansão das áreas de plantio no Pará.
Calendário
A Adepará faz cinco campanhas contra a febre aftosa ao longo do ano:
15 de março a 30 de abril – etapa de vacinação das Zonas de Proteção de Faro e Terra Santa.
1 a 31 de maio – campanha estadual de vacinação/maio 2015.
15 de julho a 30 de agosto – etapa de vacinação das Zonas de Proteção de Faro e Terra Santa.
15 de agosto a 30 de setembro – etapa de vacinação da Ilha do Marajó (etapa única, em função das condições geoclimáticas).
1 a 30 de novembro – campanha estadual de vacinação/novembro 2015.
(Texto de Camila Moreira)
Fonte: Agência Pará

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