A partir do sábado, 8 de novembro, pais e responsáveis por crianças com idades de seis meses a menores de cinco anos terão o compromisso de levá-las até o posto de saúde, a fim de serem vacinadas durante a Campanha Nacional de Vacinação. A mobilização segue até o dia 28, com o propósito de vacinar 639.783 crianças contra a paralisia infantil e outras 574.331 contra o sarampo, o que corresponde à meta de 95% do público-alvo.
Neste ano, o Dia D de Mobilização Nacional será realizado em dois momentos: no primeiro dia da campanha, 8 de novembro, e no dia 22. Segundo informações do Ministério da Saúde (MS), o Pará recebeu da União 1,6 milhão de doses de vacinas, que já foram distribuídas pela Divisão de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) aos 13 Centros Regionais de Saúde, que por sua vez já encaminharam as doses aos municípios de abrangência.
Ao todo serão 718 salas de vacinação das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e das Unidades do Programa Saúde da Família (PSF) em todo o Estado. Isso sem contar com os 4.308 postos que estarão funcionando somente nos dois dias de mobilização nacional, dos quais 2.500 serão fixos e outros 1.808 volantes.
Indicada para crianças de seis meses a menores de cinco anos, a vacina contra a poliomielite – paralisia infantil – será aplicada em gotas prioritariamente. No entanto, o Ministério da Saúde tem recomendado às Coordenações Estaduais de Imunizações a disponibilização da vacina inativada poliomielite (VIP), que é injetável, para as crianças acima de seis meses que estão com esquema vacinal atrasado.
A coordenadora estadual da Divisão de Imunizações da Sespa, Jaíra Ataíde, explica que a campanha tem como objetivo “manter elevada a cobertura vacinal contra a poliomielite de forma homogênea em todos os municípios, visando evitar a reintrodução do vírus selvagem da poliomielite no país. Para isso, a população alvo deve ser vacinada indiscriminadamente”.
Segundo informações do MS, desde 1990, quando deixou de registrar casos, é que o Brasil está livre da poliomielite e, em 1994, o país recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem em seu território. Porém, a continuidade das campanhas se dá porque dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstram que, entre 2013 e 2014, 10 países registraram casos da doença e três deles, Paquistão, Nigéria e Afeganistão, são endêmicos para esse agravo de ordem infectocontagiosa, por via oral. Na maioria dos casos, a vítima não morre quando infectada, mas desenvolve lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores.
Com relação à campanha de segmento contra o sarampo, Jaíra explica que a estratégia será a de resgatar crianças de um a menores de cinco anos ainda não vacinadas e corrigir falha primária da vacinação contra o sarampo e da rubéola, visando garantir a manutenção do estado de eliminação do sarampo e rubéola no país. A vacina a ser aplicada em questão é a tríplice viral, que também protege contra a caxumba.
Segundo informe do Ministério da Saúde, os últimos casos de contágio autóctone de sarampo no Brasil ocorreram em 2000 e, desde então, os casos registrados foram importados ou relacionados à importação. Em 2013 e 2014, foram registrados casos importados no país, com concentração em Pernambuco e Ceará. No mundo, em 2014, foram registrados 160 mil casos da doença e com o fluxo de turismo e comércio entre os países o risco de contaminação se eleva.
Em relação ao cumprimento de metas da campanha, que inicia em 8 de novembro, o Ministério da Saúde tem orientado as secretarias de Saúde para que, no intuito de que sejam realizadas todas as fases da imunização, “as vacinas contra a poliomielite, o sarampo, rubéola e caxumba continuam disponíveis durante todo o ano nos postos de saúde do Sistema Único de Saúde”
Fonte: Agência Pará
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