Durante
uma tumultuada sessão realizada na tarde/noite de terça-feira, dia 18, a Câmara
Municipal de Novo Progresso, por 6 votos a favor e três contra, votou pelo
afastamento do prefeito Osvaldo Romanholi, por 180 dias, até que denúncia de
improbidade administrativa seja apurada. A sessão foi realizada após o Juiz da
Comarca de Novo Progresso ter cancelado uma outra sessão realizada no último
dia 11, que foi favorável ao Prefeito.
ENTENDA
O CASO: Na semana passada foi protocolada uma
denúncia onde a documentação apontou transferência de dinheiro público para
conta da empresa da filha do Prefeito, Grazieli Romanholi, que atualmente
também é Secretária de Ação Social do Município. Segundo o denunciante, o
Prefeito cometeu crime de responsabilidade, se aproveitando de estado de
emergência na época para contratar a empresa da filha. “Conduta considerada
imoral e ilegal para agente público”.
Segundo
o denunciante, as notas apresentadas foram retiradas das prestações de contas
do primeiro quadrimestre de 2013, podendo ter outras transferências de dinheiro
para a conta da empresa da filha do prefeito Osvaldo Roamanholi (PR), tendo em
vista que o Prefeito não enviou esta documentação nas prestações de contas do
segundo quadrimestre.
A
liderança do Prefeito na Câmara Municipal foi representada pelo vereador Eloido
Bertollo (PR), que na época ocupava o cargo de Secretário de Educação,
responsável pela pasta que ocorreu a transferência de dinheiro para a empresa
da filha do Prefeito.
Em
sua explanação ficou claro que pode haver responsabilidade do ex-Secretário na
contratação da empresa “NOVANET”. Em suas palavras como líder do governo pediu
para os vereadores não acatarem a denúncia, porque segundo ele, o valor é
insignificante e somente foi contratada a “NOVANET”, porque não existia outra
na cidade.
“A
justificativa, desculpa com mentira do Vereador e ex-secretário Eloido Bertollo
(PR), em afirmar que somente existia a “NOVANET” como provedor na cidade de
Novo Progresso, pode ter influenciado nos votos dos vereadores”, argumentou o
denunciante Juliano Simionato à nossa reportagem.
Na
acusação o denunciante apresentou cópia original do contrato da empresa
comprovando ser 50% da filha Grazieli Romanholi (PR), documentos de
empenho do pagamento e comprovante de depósito na conta da empresa pela
prefeitura de Novo Progresso, mesmo assim os vereadores não aceitaram
investigar o Prefeito e a denúncia foi arquivada.
As
documentações foram enviadas ao Ministério Público Estadual para que sejam
tomadas as devidas providências.
ADVOGADO
PROTOCOLA DENÚNCIA CONTRA PREFEITO: O
advogado Edson Cruz protocolou uma denúncia na Câmara Municipal contra o
prefeito de Novo Progresso, Osvaldo Romanholi (PR), baseado em ato de
improbidade.
Segundo
o denunciante, o Prefeito usa prédio particular com investimento do Município
para acomodar secretarias. Romanholi vem investindo dinheiro em reformas e
manutenção no prédio de sua propriedade devidamente declarado no IR, para abrigar
as secretarias de Meio Ambiente, Indústria, Comércio,
Trânsito e Agricultura, sendo que no mesmo prédio já esteve
funcionando, também, a Secretaria de Obras do município de Novo Progresso.
O
problema, segundo o advogado, é a observância da impessoalidade, imoralidade e
improbidade. A conduta usada pelo atual gestor de usar prédio de sua
propriedade fere todos os princípios constitucionais do administrador público.
Resumindo,
o prefeito de Novo Progresso reformou o prédio que estava sucateado de sua
propriedade com dinheiro do município de Novo Progresso. Dinheiro este que
deveria ter investido no patrimônio do município de Novo Progresso. A denúncia
foi lida na sessão ordinária da Câmara Municipal de terça-feira (18/03),
e colocada em votação entre os vereadores. Para que o Prefeito possa ser
investigado seriam necessários 6 votos dos nove vereadores.
Com a
decisão da sessão de terça-feira, os vereadores terão 180 dias para fazer um
levantamento e apurar se houve crime de responsabilidade do prefeito Osvaldo
Romanholi.
Fonte: RG 15/O Impacto e Décio Piran
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