ETAPA: LEITURA DA REALIDADE MUNICIPAL
O Município de Itaituba deu
início aos trabalhos de revisão do Plano Diretor Municipal, plano este
elaborado e aprovado em outubro de 2006, com ampla participação popular. No
intuito de envolver os diversos segmentos da sociedade civil organizada a
participar do processo de revisão do Plano, uma das etapas é a Leitura da
Realidade Municipal que corresponde às atividades de levantamento e organização
de dados e informações sobre as características do município e sua discussão
com a população. Essa leitura da cidade contempla dois momentos distintos e
complementares: a leitura técnica que é o diagnóstico do município feito pelos
técnicos do município e a leitura comunitária.
a) LEITURA
TÉCNICA:
A Leitura Técnica é o diagnóstico
do município feito pelos técnicos com base nos dados oficiais dos órgãos
federais e estaduais, além de outros existentes na Prefeitura. Á comparação e
análise dos dados e informações socioeconômicas, culturais, ambientais e de
infraestrutura disponíveis sobre a área rural e urbana do município.
O resultado da Leitura Técnica é
traduzido através de gráficos, tabelas e, principalmente, mapas temáticos, já
que possibilitam a visualização espacial da realidade diagnosticada.
A estratégia para realização da Leitura
Técnica compreende, portanto, a coleta de dados (que já terá sido iniciada com
o inventário preliminar), sua sistematização, de forma simples e com linguagem
acessível, e, por fim, sua análise, com a finalidade de estabelecer uma
compreensão geral do município.
O produto da Leitura Técnica servirá
como subsídio à realização da Leitura Comunitária.
b) LEITURA
COMUNITÁRIA:
A Leitura Comunitária pode ser
traduzida como identificação dos problemas, potencialidades e conflitos
realizada pelos diversos segmentos que compõem a sociedade civil.
Desse modo, a Leitura Comunitária é o
resultado das impressões da realidade municipal feita por representantes da
sociedade civil (empresários, profissionais, trabalhadores, movimentos,
sindicatos, ong’s, associações, grupos de jovens, maçonaria, igrejas, conselhos
e etc.).
A verdade é que a Leitura da Realidade Municipal não pode ficar restrita aos
dados estatísticos, nem tampouco, às interpretações técnicas.
A leitura produzida pelos técnicos
deve, portanto, ser enriquecida com registros de memória, da cultura e da
vivência de diferentes integrantes da sociedade.
Por isso, a estratégia para realização da leitura comunitária deve contemplar a
realização de reuniões com a sociedade, que podem acontecer nas regiões do
município (conforme o zoneamento previsto no Plano de Ação), por temas ou por
setores socioeconômicos.
Podem ser utilizadas também outras formas de diálogo e dinâmicas que
possibilitem o intercâmbio de informações entre técnicos e a população durante
as reuniões comunitárias, tais como:
Construir mapas temáticos da cidade,
com elementos oferecidos pelos participantes;
Usar fotos antigas e atuais, para
visualizar mudanças e diferenças;
Oferecer equipamentos fotográficos,
para que os interessados façam registros pessoais dos pontos importantes e/ou
problemáticos da cidade;
Fazer e apresentar entrevistas e
pesquisas, resgatar a história;
A Leitura Comunitária deve conter a
delimitação dos territórios comunitários, a indicação das transformações sócio
– territoriais ocorridas nos últimos anos e a definição dos grupos de interesse
e os conflitos entre as formas de uso e ocupação do solo.
Para que tenhamos êxito na realização
da Leitura Comunitária é necessário que a sociedade civil esteja bastante
mobilizada para contribuir com o processo de forma qualitativa. Isso é
tarefa para as equipes envolvidas nesse processo.
Ao final, a Leitura da Realidade
Municipal será o compartilhamento das informações produzidas pela Leitura Técnica
com aquelas coletadas pelo conhecimento popular sobre a realidade. É o que
chamamos de Leitura Compartilhada da Realidade Municipal.
A sobreposição das leituras técnica e
comunitária propiciará a comparação de visões sobre a realidade, sendo possível
identificar as informações e referências convergentes e divergentes.
Os resultados desta etapa serão
compilados em um relatório e apresentado à sociedade civil em Audiência Pública
convocada para esta finalidade. Esses resultados subsidiarão a etapa seguinte
da revisão do Plano Diretor Participativo (Seleção e pactuação de propostas,
temas e eixos prioritários).
CALENDÁRIO DAS REUNIÕES COMUNITÁRIAS E
AUDIÊNCIA PÚBLICA
ETAPAS DA REVISÃO DO PLANO DIRETOR.
1ª ETAPA: LEITURA DA REALIDADE
MUNICIPAL: LEITURA TÉCNICA, COMUNITÁRIA E COMPARTILHADA.
Nessa etapa, busca-se identificar e
entender a situação atual do município, seus problemas, seus conflitos e suas
potencialidades. A leitura da cidade começará por leituras técnicas e leituras
comunitárias, independentes, mas realizadas no mesmo período e após
sistematizadas pelo NEM – – Núcleo de Execução Municipal, com
apoio da TAGA Consultoria.
DATA
|
PÓLOS
|
BAIRROS
|
LOCAL
|
01/11/2013
|
BAIRRO PÓLO: BOA
ESPERANÇA
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Bom Jardim,
Liberdade, Jardim Tapajós e Boa Esperança
|
ROTARY CLUBE
|
06/11/2013
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BAIRRO PÓLO: BELA
VISTA
|
São José,
Comércio, Perpétuo Socorro, Bela Vista, Jardim das Araras e São Tomé
|
ESCOLA “A MÃO
COOPERADORA”
|
09/11/2013
|
DISTRITO DE
BARREIRAS
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ABC ESPORTE CLUBE
|
|
12/11/2013
|
BAIRRO PÓLO:
BAIRRO DA FLORESTA
|
São Francisco,
Bairro da Paz, Floresta, Jardim Aeroporto, Maria Magdalena, e Residencial
Viva Itaituba
|
ESCOLA BRIGADEIRO
HAROLDO VELOSO
|
13/11/2013
|
BAIRRO PÓLO: BOM
REMÉDIO
|
Santo Antônio,
Bom Remédio, Piracanã, Nova Itaituba, Vitória Régia, E Residencial Novo
Paraíso, Vale do Tapajós.
|
BARRACÃO DA
IGREJA NOSSA SENHORA DO BOM REMÉDIO
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15/11/2013
|
DISTRITO DE
CREPORIZÃO
|
CLUBE DO SEU JÓIA
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16/11/2013
|
DISTRITO DE
MORAES ALMEIDA
|
SALÃO PAROQUIAL
|
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20/11/2013
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DISTRITO DE CAMPO
VERDE
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AUDITÓRIO ESCOLA
ENGº. FRANCISCO BARROS
|
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23/11/2013
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DISTRITO DE
MIRITITUBA
|
ESCOLA INTEGRAÇÃO
NACIONAL
|
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29/11/2013
|
AUDIÊNCIA PÚBLICA
– VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DO PLANO DIRETOR
|
CÂMARA MUNICIPAL
DE ITAITUBA
|
2ª ETAPA: FORMULAR E PACTUAR PROPOSTAS.
Nem todas as questões são igualmente
relevantes em todos os momentos da história da cidade. É preciso definir temas
prioritários para o futuro da cidade para reorganização territorial do
município. Portanto, é importante trabalhar com perspectiva estratégica,
selecionando temas e questões cruciais que, se enfrentadas rapidamente e com
eficácia, podem redefinir o destino da cidade.
DIA 20/12/2013 – CONFERÊNCIA PARA
DISCUSSÃO E VALIDAÇÃO DAS PROPOSTAS DO PLANO DIRETOR:
EIXO 1: Zoneamento, Perímetro Urbano,
Espacialização do ordenamento de uso e ocupação do solo;
EIXO 2: Definição de sub – utilização
do solo, hierarquização viária, critérios de parcelamento e espacialização dos
instrumentos do Estatuto da Cidade;
EIXO 3: Localização de grandes
equipamentos de infraestrutura, de equipamentos urbanos e comunitários e
Estrutura de Planejamento e Gestão Urbanística e Gestão Democrática do
Município;
EIXO 4: Pactuação das propostas do
Plano Diretor e das ações de regulação e de ordenamento jurídico,
apresentação do Plano Urbanístico de Miritituba.
3ª ETAPA: APRESENTAÇÃO DO PLANO DIRETOR
Pactuadas as propostas, será elaborado
o texto final detalhado do Plano Diretor, novamente apresentado e discutido por
todos.
DIA: 24/01/2014: AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA
APRESENTAÇÃO/VALIDAÇÃO DO PLANO DIRETOR
4ª ETAPA: PROJETO DE LEI DO PLANO
DIRETOR
Após a validação do texto e formatação
legal, o projeto de lei estará apto para ser encaminhado pelo Executivo à Câmara
Municipal.
DIA: 21/02/2013 – ENTREGA FINAL DO
PROJETO DE LEI AO EXECUTIVO.
Maria Ionelly Ferreira Moraes
Coordenadora Geral Revisão do Plano
Diretor
Portaria GAB/PMI Nº. 1.707/2013
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