O ministro Aloizio Mercadante e o presidente do Inep, Luiz Claudio Costa, divulgam as regras do Enem 2013 (Foto: Vitor Matos/G1) |
As inscrições para a edição de 2013 do Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem) serão abertas na segunda-feira (13), afirmou nesta quarta-feira
(8) o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Segundo a pasta, o
edital com todas as normas da prova deve ser publicado na edição de
quinta-feira (9) do "Diário Oficial da União".
Segundo Mercadante, as provas serão realizadas nos dias 26 e 27 de
outubro. Os portões serão abertos às 12h (horário de Brasília). O
ministério espera que o número de inscritos passe de 6 milhões.
O ministro afirmou que o período de inscrições vai dos dias 13 e 27 de
maio, e os candidatos terão até o dia 29 de maio para pagarem a taxa de
inscrição, que foi mantida no valor de R$ 35. Estudantes de escolas
públicas ou que sejam de famílias com renda per capita de até um
salário-mínimo e meio não precisam pagar a taxa.
Neste ano, a logística do exame deve envolver 1.632 municípios
brasileiros. O MEC estima que será necessária a impressão de 13,5
milhões de provas para os candidatos.
'Maior rigor com a redação'
As regras de correção do Enem serão semelhantes às da edição de 2012. Porém, segundo Mercadante, "a grande mudança vai ser no maior rigor com a redação". Para isso, algumas medidas foram tomadas.
Para coibir tentativas de deboche na prova, um item será acrescentado
no artigo do edital que fala sobre as razões para que uma redação receba
nota zero do MEC. O item 14.9.5 do edital que deve ser publicado na
quinta-feira afirma que a redação "que apresente parte do trecho
deliberadamente desconectada com o tema proposto, que será considerada
'anulada'".
A nova regra já estava em debate
pela comissão que elabora o edital do Enem, depois que candidatos que
no último Enem inseriram receita do miojo e o hino do Palmeiras no texto
ganharam notas 560 e 500, respectivamente. Esse tipo de teste ao Enem,
agora, será punido com a nota zero.
Além disso, uma das cinco competências exigidas pela redação será mais
rígida: trata-se da primeira competência, que fala sobre o "domínio da
norma padrão da língua escrita". A partir deste ano, para tirar a nota
máxima nesta competência, a redação só poderá ter erros de português
considerador como uma "excepcionalidade" e quando "não caracterizem
reincidência". O objetivo é evitar que redações com poucos desvios
gramaticais ou convenções de escrita recebam a nota máxima na prova.
A partir deste ano, caso queira dar nota 1.000 para uma redação que
contenha algum desvio, o ministro afirmou que "a banca tem que
justificar que aquele desvio é excepcional para justificar uma nota
máxima"
Terceiro corretor
Todas as redações do Enem são corrigidas por pelo menos duas pessoas. A necessidade de um terceiro corretor para reavaliar provas com notas discrepantes deve aumentar neste ano. Segundo o MEC, agora, todas vezes que as duas notas tiverem uma diferença de mais de 100 pontos, um terceiro avaliador corrigirá a prova para que se chegue à nota final. No ano passado, essa tolerância era de 200 pontos.
Se a nota em um das cinco competências (que vai de 0 a 200) tiver
discrepância de 80 pontos, a redação também vai para o tercerio
corretor.
Por causa da mudança, Mercadante afirmou que estima um aumento no
número de redações que passem pela terceira correção. Em 2012, 21% das
provas estiveram nessa situação. Agora, ele afirma que essa porcentagem
chegue a um terço.
Para garantir uma correção mais rigorosa, Mercadante anunciou um
aumento no número de corretores. Em 2012, foram contratados 5.692
corretores, 234 supervisores de avaliação, 468 auxiliares e dez
subcoordenadores pedagógicos para o processo de avaliar as redações, mas
mais de 300 deles foram afastados por não cumprirem os requisitos de qualidade.
Sobre o Enem
O exame do MEC é realizado uma vez por ano e tem cinco provas: quatro com questões de múltipla escolha e uma redação. Sua nota pode ser usada para processos seletivos centralizados pelo próprio ministério ou em vestibulares de instituições públicas e particulares que usam a pontuação do Enem parcial ou integralmente para selecionar seus calouros.
O Enem 2013 é obrigatório para estudantes interessados em disputar
vagas em mais de 100 instituições federais e estaduais de ensino
superior participantes do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Além
disso, devem se inscrever para a prova vestibulandos que pretendem
cursar a faculdade em uma instituição particular com bolsa de estudos
parcial ou integral do Programa Universidade para Todos (Prouni).
Fonte: G1
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