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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Pará: Comandante de embarcação que naufragou admite superlotação

Comandante de embarcação que naufragou admite superlotação
Barco naufragou no Marajó
 (Foto: Fabiano Villela)
O comandante do barco "Iate Leão do Norte", que apesar de ser chamado de "Iate" é um barco de passageiros, naufragado na madrugada desta sexta-feira (19) nas proximidades de Cachoeira do Arari, na região do Marajó, no Pará, admitiu que transportava passageiros além da capacidade máxima da embarcação. Segundo a Capitania dos Portos, o barco transportava cerca de 60 passageiros, mas de acordo com o comandante Luís Inácio Lima, havia 49 pessoas no barco, que teria vagas para apenas 25. "Eu não vou mentir para ninguém, não. Viajo com a minha esposa, minha filha, meu filho", confirmou, ainda bastante abalado.
O comandante do barco afirmou que ainda não sabe o que pode ter causado o naufrágio. "Eu mesmo vinha pilotando, quando o barco virou. Eu não bati em lugar nenhum, não. Eu mesmo não consigo entender, foi tão rápido", lembra.

Segundo Luís Inácio Lima, o "Iate Leão do Norte" estava rebocando um outro barco. "Eu trazia outro barco a reboque também, mas [o acidente] só aconteceu com o nosso. O outro barco não teve acidente nenhum", afirma. Segundo a Capitania dos Portos, o barco rebocado pelo "Iate Leão do Norte" não ficou danificado, e está auxiliando nas buscas.

Entenda o caso
 
A embarcação "Iate Leão do Norte" naufragou na madrugada desta sexta-feira (19), durante o trajeto de Arapixi, uma localidade do município de Chaves, na ilha do Marajó, com destino a Belém. Doze pessoas morreram e 46 foram resgatadas com vida. O número de desaparecidos ainda não foi confirmado, já que os trabalhos de busca ainda estão em andamento.

Dois navios da Marinha mais uma lancha auxiliar foram enviados para a localidade para fazer as buscas aos sobreviventes. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Marinha do Brasil estão no local realizando buscas aos desaparecidos. Um inquérito será instaurado para apurar as causas do naufrágio, que ainda são desconhecidas. A previsão de conclusão é de 90 dias.

Fonte: G1 PA/ No Tapajós

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