O Brasil caiu quatro posições no ranking do Banco
Mundial sobre o melhor ambiente regulatório para fazer negócios. Entre as
185 nações, o país ocupa a 130ª posição. A cobrança excessiva de impostos às
empresas e a burocracia são alguns dos motivos que derrubaram a colocação
nacional. Para o deputado Dudimar Paxiúba (PA), o fato
comprova que o discurso do governo está na contramão da realidade. Segundo ele,
ao contrário do que é apregoado pela propaganda oficial, muita coisa precisa
ser melhorada no país.
O pior desempenho do Brasil é relativo ao quesito
pagamento de impostos. Uma empresa precisa trabalhar 2.600 horas por ano apenas
para pagar tributos. É mais que o dobro do segundo colocado, a Colômbia, com
1.025 horas. Também pesou para a queda no ranking o ambiente de negócios ainda
mais burocrático que na avaliação anterior. A adoção de novas exigências para a
transferência de propriedade, como a certidão negativa de dívidas trabalhistas,
trouxe mais dificuldades ao mercado.
“Se não tivermos a inteligência de reduzir essa
carga e proporcionar ao investidor melhores condições para investir e crescer,
não modificaremos esse quadro”, cobrou Dudimar. Para ele, é inaceitável que o
país continue massacrando os investidores.
O tucano também alerta para a necessidade de
desburocratizar as práticas de mercado. O ranking do Banco Mundial, chamado de
“Doing Business Report”, está em sua décima edição e avalia 11 indicadores:
desde o ambiente jurídico para cobrar dívidas e registrar uma propriedade até o
tempo e custo para abrir uma empresa. Neste último, o país também sai em
desvantagem e encontra-se entre os seis piores do ranking. Em média, leva-se
120 dias para que uma empresa possa começar a funcionar devido à exigência de
uma série de procedimentos burocráticos.
“A burocracia emperra qualquer tipo de
investimento, pois o empreendedor se cansa devido à longa via que precisa
romper e prefere investir em outros países onde há mais facilidades para se
instalar e desenvolver sua atividade empresarial”, destacou o deputado.
Dudimar afirma que o governo precisa se atentar
para esse mercado pouco atraente. Segundo ele, com mais facilidades haveria
mais investimentos e a economia seria impulsionada. Em sua avaliação, o país
tem perdido oportunidades por causa do ambiente burocrático, da alta carga
tributária e de outros grandes problemas, como os de infraestrutura e
logística. Ele acredita que, com todas essas deficiências, os investidores
preferem qualquer investir em qualquer outra nação, menos no Brasil.
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