O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007
para medir a qualidade do ensino de cada escola e de cada rede de
ensino. O indicador é calculado com base no desempenho do estudante em
avaliações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep)
e em taxas de aprovação. Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede
cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente a
sala de aula. Para que pais e responsáveis acompanhem o desempenho da
escola de seus filhos, basta verificar o Ideb da instituição, que é
apresentado numa escala de zero a dez. Da mesma forma, gestores
acompanham o trabalho das secretarias municipais e estaduais pela
melhoria da educação.
O índice é medido a cada dois anos e o objetivo é
que o país, a partir do alcance das metas municipais e estaduais, tenha
nota 6 em 2022, o que corresponde à qualidade do ensino em países
desenvolvidos, mais o Brasil ainda está longe de atingir essa marca e
mais distante ainda está o município de Itaituba e esse é um dos grandes
desafios que a prefeita eleita Eliene Nunes, especialmente por ser
educadora terá que enfrentar. O último resultado apresentado pelo
município não foi nada animador e mostra a necessidade de um esforço de
todos. Professores, alunos e pais, para elevar o nosso índice que ficou
atrás de municípios como Aveiro, Trairão e Novo Progresso. De acordo com
o Portal do Ideb, o índice de Itaituba em 2011 foi de 3,5 enquanto que
Aveiro obteve 3.6, Trairão ficou bem a nossa frente com 4.1 e Novo
Progresso que obteve media de 4.6. Para o município de Itaituba, esses
números são vergonhosos e nos levam a refletir que o dinheiro da
educação ultimamente vem sendo usado pra tudo menos para dar uma
educação de qualidade aos nossos alunos. Dentre as causas que impedem
uma melhoria no índice de avaliação da educação em Itaituba está a
evasão escolar. Historicamente este problema tem acompanhado a educação
no município e infelizmente, ainda está presente até os dias atuais. Em
face disto, as discussões acerca da evasão escolar, em parte, têm tomado
como ponto central de debate o papel tanto da família quanto da escola
em relação à vida escolar da criança. Algumas teorias tentam eximir a
escola dessa responsabilidade e tendem a transferi-la para os alunos e
as sustentações para isso são as mais variadas possíveis e vão desde a
ausência de condições básicas para a aprendizagem dos alunos em
decorrência da condição de vida da família, déficit sócio cultural,
morar distante da escola e não dispor de transporte regular. Quem busca
amparo nesses argumentos para justificar a evasão escolar tem um olhar
unilateral para o problema e deixar de observar a função do
constitucional do professor que ensinar a todos os alunos sem distinção e
esse é outro crucial para o crescimento do Ideb nas escolas da rede
publica de ensino, não basta apenas o aluno estar na sala de aula ele
precisa estar presente na escola e também aprender e nesse ponto é que
entra em questão o educador. Numa mesma sala de aula é natural a
presença de crianças com grau de interesse diferente pelo ensino e o
papel do professor é montar estratégias e metodologias também diferentes
para resolver cada um dos casos. Não é raro encontrar na escola
pública, professor que, diante de uma sala de aula deixar de lado um
grupo de alunos que se mostrar indiferente pelo conteúdo de uma aula e
ao invés de buscar explicação para isso e tentar motivar a aula para
atrair a atenção desses alunos, o professor prefere deixá-los de lado,
com a justificativa de eles não querem nada com o estudo e esse é uma
situação recorrente nas escolas da rede municipal de ensino. A pouca
participação da família na vida escolar dos estudantes de Itaituba é
outro aspecto que corrobora para o fraco desempenho na aprendizagem da
maioria da classe estudantil do município e um dos diagnostico apontado
para essa falta de interesse dos pais no acompanhamento dos filhos está
também na baixa escolaridade dos chefes de famílias de nossa cidade.
Para muitas famílias o simples fato do filho estar freqüentando a escola
já é suficiente, não há nenhuma preocupação com a evolução intelectual
da criança. É raro ver uma mãe ir à escola do filho questionar o
professor para saber por que ele não passou uma tarefa para ser feita em
casa, ou pedir explicação sobre um trabalho que ficou sem ser
corrigido. São atitudes como essas que parecem simples, mas que na
pratica demonstra o interesse e a participação dos pais na educação de
seus filhos. E é esse distanciamento entre as partes interessadas neste
processo que a nova gestora municipal vai encontrar a partir do dia
primeiro de janeiro quando assumir a cadeira de prefeita. Questionada
sobre esse desafio a prefeita eleita garantiu que uma de suas metas é
retomar a linha de atuação que vinha sendo executada enquanto ela esteve
à frente da secretaria de educação e para essa correção de rota ela
assegura que conta com a principal ferramenta que é a mão de obra
qualificada dos professores.
Fonte: Portal TV Tapajoara
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