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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Melhorar a Qualidade de ensino no município é o desafio do Novo Governo

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 para medir a qualidade do ensino de cada escola e de cada rede de ensino. O indicador é calculado com base no desempenho do estudante em avaliações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep) e em taxas de aprovação. Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente a sala de aula. Para que pais e responsáveis acompanhem o desempenho da escola de seus filhos, basta verificar o Ideb da instituição, que é apresentado numa escala de zero a dez. Da mesma forma, gestores acompanham o trabalho das secretarias municipais e estaduais pela melhoria da educação. 


O índice é medido a cada dois anos e o objetivo é que o país, a partir do alcance das metas municipais e estaduais, tenha nota 6 em 2022, o que corresponde à qualidade do ensino em países desenvolvidos, mais o Brasil ainda está longe de atingir essa marca e mais distante ainda está o município de Itaituba e esse é um dos grandes desafios que a prefeita eleita Eliene Nunes, especialmente por ser educadora terá que enfrentar. O último resultado apresentado pelo município não foi nada animador e mostra a necessidade de um esforço de todos. Professores, alunos e pais, para elevar o nosso índice que ficou atrás de municípios como Aveiro, Trairão e Novo Progresso. De acordo com o Portal do Ideb, o índice de Itaituba em 2011 foi de 3,5 enquanto que Aveiro obteve 3.6, Trairão ficou bem a nossa frente com 4.1 e Novo Progresso que obteve media de 4.6. Para o município de Itaituba, esses números são vergonhosos e nos levam a refletir que o dinheiro da educação ultimamente vem sendo usado pra tudo menos para dar uma educação de qualidade aos nossos alunos.  Dentre as causas que impedem uma melhoria no índice de avaliação da educação em Itaituba está a evasão escolar. Historicamente este problema tem acompanhado a educação no município e infelizmente, ainda está presente até os dias atuais. Em face disto, as discussões acerca da evasão escolar, em parte, têm tomado como ponto central de debate o papel tanto da família quanto da escola em relação à vida escolar da criança. Algumas teorias tentam eximir a escola dessa responsabilidade e tendem a transferi-la para os alunos e as sustentações para isso são as mais variadas possíveis e vão desde a ausência de condições básicas para a aprendizagem dos alunos em decorrência da condição de vida da família, déficit sócio cultural, morar distante da escola e não dispor de transporte regular. Quem busca amparo nesses argumentos para justificar a evasão escolar tem um olhar unilateral para o problema e deixar de observar a função do constitucional do professor que ensinar a todos os alunos sem distinção e esse é outro crucial para o crescimento do Ideb nas escolas da rede publica de ensino, não basta apenas o aluno estar na sala de aula ele precisa estar presente na escola e também aprender e nesse ponto é que entra em questão o educador.  Numa mesma sala de aula é natural a presença de crianças com grau de interesse diferente pelo ensino e o papel do professor é montar estratégias e metodologias também diferentes para resolver cada um dos casos. Não é raro encontrar na escola pública, professor que, diante de uma sala de aula deixar de lado um grupo de alunos que se mostrar indiferente pelo conteúdo de uma aula e ao invés de buscar explicação para isso e tentar motivar a aula para atrair a atenção desses alunos, o professor prefere deixá-los de lado, com a justificativa de eles não querem nada com o estudo e esse é uma situação recorrente nas escolas da rede municipal de ensino. A pouca participação da família na vida escolar dos estudantes de Itaituba é outro aspecto que corrobora para o fraco desempenho na aprendizagem da maioria da classe estudantil do município e um dos diagnostico apontado para essa falta de interesse dos pais no acompanhamento dos filhos está também na baixa escolaridade dos chefes de famílias de nossa cidade. Para muitas famílias o simples fato do filho estar freqüentando a escola já é suficiente, não há nenhuma preocupação com a evolução intelectual da criança. É raro ver uma mãe ir à escola do filho questionar o professor para saber por que ele não passou uma tarefa para ser feita em casa, ou pedir explicação sobre um trabalho que ficou sem ser corrigido. São atitudes como essas que parecem simples, mas que na pratica demonstra o interesse e a participação dos pais na educação de seus filhos.  E é esse distanciamento entre as partes interessadas neste processo que a nova gestora municipal vai encontrar a partir do dia primeiro de janeiro quando assumir a cadeira de prefeita. Questionada sobre esse desafio a prefeita eleita garantiu que uma de suas metas é retomar a linha de atuação que vinha sendo executada enquanto ela esteve à frente da secretaria de educação e para essa correção de rota ela assegura que conta com a principal ferramenta que é a mão de obra qualificada dos professores.


Fonte: Portal TV Tapajoara

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