Os quelônios eram destinados à venda para consumo em Itaituba, Oeste
do Estado. A apreensão aconteceu por volta das 11h30 da manhã desta
terça-feira (07), em uma residência localizada na 15ª Rua, bairro de São
Tomé, zona periférica da cidade. No local, mora o casal Maria de Nazaré
e Bernardo Sousa, pais de um homem conhecido por “Gil Gomes”, que tem
várias passagens pelos registros policiais. Foi uma guarnição da Polícia
Militar, sob o comando do sargento Paulo Araújo que fez a apreensão,
que resultou de uma denúncia anônima feita à Central 190, que, por sua
vez, contatou a guarnição. “Nos deslocamos até o ponto indicado na
denúncia e, ao chegarmos à casa, encontramos uma jovem que se recusou em
permitir o acesso da guarnição. Mas nós flagramos os animais nos fundos
do terreno, dentro de um barraco”, resumiu o sargento. “A informação
que obtivemos é que o casal estava vendendo os animais, que são
largamente consumidos nesta região nesta época do ano”, complementou.
O casal Maria de Nazaré e Bernardo Sousa foi avisado pela filha e se
manteve longe da casa. Os animais, duas tartarugas pesando cerca de 45
quilos juntas e três tracajás pequenos, foram levados para a 19ª
Seccional de Polícia, de onde foi feito novo contato, desta vez com
fiscais da Secretaria de Meio Ambiente (Semmap), que compareceu à
delegacia para procederem o auto de infração e a aplicação da multa.
Segundo o fiscal Rui Galvão, a lei prevê multa de R$ 5 mil por cabeça de
animal apreendido em casos como este.
Retorno – Já por volta das 13h30, os PMs foram novamente chamados em
uma nova denúncia tendo como alvo a mesma casa. Chegando ao local,
acompanhados dos fiscais da Semmap, os policiais apreenderam uma arara
vermelha adulta. “Com isso, amplia-se o valor da multa. Agora,
precisamos localizar o casal infrator para que sejam notificados”, disse
o fiscal.
A tartaruga tracajá é um dos animais mais predados na natureza em
estados amazônicos. A carne é amplamente consumida de forma clandestina.
A forma legal de venda é para os animais mantidos em criatórios
particulares, autorizados pelo órgão ambiental federal. Apesar de estar
próximo de sair da lista dos ameaçados de extinção, a caça, o
transporte, o comércio e o consumo do animal são práticas
terminantemente proibidas e punidas pela Lei dos Crimes Ambientais.
Fonte: Portal Tapajoara
Fonte: Portal Tapajoara
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