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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Ex-advogado de Clinton representará Megaupload em caso de pirataria

Kim Schmitz, fundador do Megaupload, em foto de 2002. Ele foi preso na Nova Zelândia a pedido do FBI por compartilhar conteúdo ilegal na web (Foto: Reuters)
Kim Schmitz, fundador do Megaupload, em foto de
2002. Ele foi preso na Nova Zelândia a pedido do
FBI por compartilhar conteúdo ilegal na web
(Foto: Reuters)
Um dos advogados mais renomados dos Estados Unidos irá representar o site de compartilhamento de arquivos Megaupload no caso em que é acusado de possibilitar um esquema gigante de pirataria e permitir milhões de downloads ilegais. Na quinta-feira, o endereço foi tirado do ar pelo FBI sob a acusação de causar US$ 500 milhões em prejuízos aos detentores de direitos autorais.
Robert Bennett, um advogado de Washington, disse nesta sexta-feira (20) que irá representar a companhia. Ele prometeu uma defesa “vigorosa”, mas não quis dar mais detalhes do caso.
Bennett é conhecido por ter representado Bill Clinton quando o ex-presidente dos Estados Unidos foi acusado de assédio sexual por Paula Jones.
Além de tirar o site do ar, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos prendeu Kim Dotcom --fundador do site, também conhecido como Kim Schmitz—e outros três executivos da empresa.
O Megaupload é único não somente pelo volume grande de download que possibilita, mas pelo apoio que tem de celebridades conhecidas e músicos, que geralmente são vistos como as vítimas da violação das leis antipirataria. Antes de ser tirado do ar, o site trazia o “apoio” de nomes como a socialite Kim Kardashian e os músicos Alicia Keys e Kanye West –as celebridades chegaram a gravar um vídeo de apoio à companhia, mas as imagens foram tiradas do ar pelas gravadoras.
Sopa e Pipa
O fato aconteceu um dia depois que diversos sites, incluindo a Wikipédia e a Craigslist, tiraram seus sites do ar em protesto com o Sopa e o Pipa, dois projetos de lei antipirataria que circulam nos Estados Unidos.
O Stop Online Piracy Act (Sopa) é um projeto de lei com regras mais rígidas contra a pirataria digital nos EUA. Ele prevê o bloqueio no país, por meio de sites de busca, por exemplo, a determinado site acusado de infringir direitos autorais. O foco está principalmente em sites estrangeiros, contra os quais as empresas americanas pouco podem agir. No Senado, circula o Protect IP Act, conhecido como Pipa (ato para proteção da propriedade intelectual), outro projeto sobre direitos autorais que mira a internet.
Ambos são apoiados por empresas de entretenimento, constantes alvos de pirataria, mas são questionados por companhias de internet, como Google, Facebook, Amazon e Twitter, que interpretam as medidas como um tipo de censura aos sites e à liberdade de expressão. O Sopa ainda está sendo avaliado por comissão na Câmara; a PIPA deve ir à votação no Senado ainda neste mês.

Fonte: G1

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