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domingo, 11 de dezembro de 2011

Termina votação em plebiscito que vai decidir sobre divisão do Pará


Divisão do Pará (Foto: Editoria de Arye/G1)
Foi encerrada às 17h (18h no horário de Brasília) deste domingo (11) a votação no plebiscito sobre a divisão do território do Pará para a criação de mais duas unidades da federação, Tapajós e Carajás. As seções eleitorais foram abertas as às 8h (9h no horário de Brasília) para receber os cerca de 5 milhões de eleitores paraenses aptos a votar.
O Tribunal Regional Eleitoral do Pará ficará responsável pela totalização dos votos e estima que seja possível divulgar um resultado parcial da apuração até as 22h, considerando o horário de Belém, 23h no horário de Brasília. Caso a maioria dos eleitores responda não, o trâmite para a divisão do estado se encerra junto com o plebiscito.
Os eleitores que ainda estiverem na fila, no momento do fechamento das zonas eleitorais, poderão votar. A partir do encerramento do período de votação, os dados armazenados nas urnas eletrônicas passam a ser encaminhados ao TRE-PA, que fará a totalização.

Se o resultado for positivo, no entanto, não implicará automaticamente na criação dos estados de Tapajós e Carajás. A consulta terá sido apenas a primeira etapa do processo de desmembramento, que começa com uma avaliação da Assembleia Legislativa do Pará, passará por decisões do Congresso Nacional e culminará com a sanção ou veto da presidente Dilma Rousseff.
Se sancionada, a lei de criação dos novos estados ainda pode vir a ser contestada no Supremo Tribunal Federal (STF).
Votação
São mais de 14 mil pontos de votação espalhados pelo estado. Os eleitores responderam a duas perguntas "Você é a favor da divisão do estado do Pará para a criação do estado de Carajás?" e "Você é a favor da divisão do estado do Pará para a criação do estado do Tapajós?". O número 77 corresponde à resposta "sim" para qualquer uma das perguntas. E o número 55 será usado para o "não".
Os 277 locais considerados de difícil acesso contarão com urnas ligadas a baterias que vão transmitir os votos via satélite. Os eleitores que não compareceram para votar terão 60 dias para justificar a ausência nas zonas eleitorais em que estiverem inscritos. Mesmo se tratando de um plebiscito, as exigências são as mesmas para eleições regulares. Quem deixou de votar e não apresentar justificativa será multado e pode ter o título de eleitor cancelado.

As pessoas que estão fora do seu domicílio eleitoral, dentro do estado do Pará, poderão regularizar sua situação neste domingo, em um posto de justificativa. Mas não será possível justificar a ausência no caso dos paraenses que estarão fora do estado neste domingo. A justificativa pode ser apresentada a partir de segunda-feira (12) em qualquer cartório eleitoral.
PesquisaUma pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgada na noite de sexta-feira (9) apontou que a maioria dos eleitores do Pará rejeita a divisão do estado. O levantamento, o terceiro e último feito pelo instituto antes do plebiscito, aponta que 65% dos entrevistados se disseram contrários ao desmembramento do Pará para a criação do estado de Carajás, e 64%, contrários à divisão para a criação de Tapajós.
A pesquisa foi feita de terça (6) a quinta (8), com 1.213 eleitores em 53 cidades paraenses e encomendada pelas TVs Liberal e Tapajós, afiliadas da TV Globo no Pará, e pelo jornal "Folha de S.Paulo". A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Tropas do Exército e da Força Nacional reforçaram a segurança do plebiscito em 16 cidades do Pará, incluindo os municípios de Santarém e Marabá, que seriam as capitais dos novos estados.
presidente do TSE (Foto: Divulgação TSE) Os outros são: Altamira, Brasil Novo, Monte Alegre, Alenquer, Óbidos, Juriti, Oriximiná, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu, Redenção, Tucumã, Orilândia do Norte, Bacajá e Anapu. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, está em Belém neste domingo para acompanhar a realização do plebiscito. Ele afirmou que a consulta aos paraenses sobre a possível divisão do estado acontece na absoluta “tranquilidade e normalidade”.
De acordo com ele, não houve nenhuma prisão até o momento e apenas uma apreensão de material ilegal de propaganda em Belém – ele não informou de qual frente era o material.
“Acontece tudo na mais absoluta tranquilidade e normalidade. Não há nenhuma prisão. Houve uma apreensão de material ilegal irregular (...), de propaganda irregular”, afirmou. “O clima está pacífico, tranquilo. O povo do Pará está ordeiro, comparecendo às urnas na absoluta tranquilidade”, completou.

 

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