sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Plebiscito presença crucial para destino do Pará

A possibilidade de o feriado provocar um índice alto de abstenção na votação do plebiscito do próximo dia 11, que vai decidir sobre a criação dos Estados do Tapajós e Carajás, é a preocupação do cientista político Edir Veiga. “O feriado potencializa a abstenção, tendo em vista que o debate em torno do plebiscito está morno e ainda não atingiu as camadas menos favorecidas, justamente aqueles que em datas como estas se refugiam em locais próximos à cidade, contudo, longe de suas seções”, comentou.
Para o cientista, este plebiscito deve funcionar como uma votação de segundo turno, quando a ausência de eleitores nas urnas fica entre 25% e 27%. “Normalmente no primeiro turno a variável de abstenção é entre 16% e 17%. No segundo turno, ela aumenta em virtude da saída dos candidatos majoritários. Nesta, temos dois agravantes: primeiro por se tratar de um plebiscito, onde ninguém ganha ou perde de forma direta; e segundo devido ao feriado”, comparou.

Ainda assim, o presidente do Tribunal Regional Eleitora do Pará (TRE-PA), Ricardo Nunes, acredita que a abstenção será mínima. “Desta vez não está em votação este ou aquele candidato, mas um projeto de divisão territorial que vai atingir toda a população. Acredito na maturidade da consciência do cidadão paraense, que vai comparecer em massa, principalmente aqueles das regiões do Tapajós e Carajás”.

DEVER CÍVICO

Sair de perto do local em que se vota e ficar impossibilitada de opinar não está nos planos da assistente social Jacqueline Cunha, 27 anos. Ela até que cogitou a possibilidade de viajar, mas o dever cívico falou mais alto. “Participar desta decisão histórica que pode influenciar na vida de todos os paraenses é o mínimo que posso fazer para defender aquilo que acredito”, disse. Assim como Jacqueline, o comerciante Jorge Ribeiro, 46 anos, optou pela votação. “Quero contribuir para o futuro do nosso Estado. Se deixar de dar minha opinião, vou ficar com remorso de não ter participado desse processo”.

De qualquer forma, quem não comparecer a sua zona eleitoral no dia do plebiscito terá um prazo de 30 dias para regularizar a situação. “Para isso, basta comparecer ao cartório eleitoral. Se estiver em outro município do Estado e não puder comparecer no local de votação, é só ir a qualquer zona e justificar”, garante Nunes. Para os eleitores paraenses que estiverem fora do Estado, o prazo para justificar será de 60 dias em qualquer Cartório Eleitoral do país.

O presidente do TRE alerta para a obrigatoriedade do voto para todos os eleitores que tenham domicílio eleitoral no Estado do Pará. “Aqueles que deixarem de votar ou justificar terão que pagar multa e não poderão se inscrever no concurso público, muito menos tomar posse, receber salário, participar de concorrência pública, obter passaporte e renovar matrícula em estabelecimento de ensino público”.


Fonte: Diário do Pará 

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