Especialistas do setor estão preocupados com a forma como a expansão da energia está acontecendo no Brasil. O Plano Decenal de Energia 2008-2017, apresentado na semana passada pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, prevê a entrada de 15.305 MW provenientes de 82 novas térmicas, sendo 41 usinas a óleo combustível. A geração hídrica terá como principais projetos as usinas do Complexo do Rio Madeira (RO, 6.450 MW) e a primeira fase de Belo Monte, 5.131 MW de um total de 11.181 MW.
"Nos preocupa a maneira como a expansão da geração está acontecendo no Brasil, com a utilização de muitas térmicas e falta de empreendimentos hidrelétricos", afirmou o presidente executivo da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres, Ricardo Lima. Segundo ele, o aumento significativo de térmicas na matriz energética afeta a competitividade de todos os consumidores brasileiros, principalmente os industriais, pois terão que pagar mais caro pela energia consumida.
Para Paulo Mayon, presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia, a escassez de empreendimentos hidrelétricos no PDE 2008-2017 reflete a dificuldade de se conseguir licenciamento ambiental para esses projetos. "É impressionante como persiste a miopia de tentar afastar a construção de usinas no Norte do país. A cada liminar emitida contra a construção de hidrelétricas, temos que utilizar como alternativa uma térmica, que é muito mais poluente e prejudicial ao meio ambiente", avaliou Mayon.
A complementaridade de outras fontes, segundo o presidente da Anace, é importante para a segurança energética. "Mas estamos abrindo mão de um potencial enorme da região Norte", completou o executivo. "O Brasil tem muito ainda o que percorrer quanto ao consumo de energia. Dados demográficos mostram que temos um potencial grande de crescimento, por isso precisamos de geração limpa", afirmou o executivo.
No entanto, Mayon reconhece que o PDE 2008-2017 está adequado dentro da realidade atual. "O planejamento foi bem realista dentro do quadro que nós temos disponível", disse. O planejamento, de acordo com ele, mostra ainda a frustração quanto aos projetos de biomassa, que estão aquém das expectativas, e são, na cadeia de custos, a segunda fonte mais barata, depois da hidráulica. O que está faltando no planejamento, na opinião de Mayon, é um programa que incentive a energia eólica, que ainda não é competitiva. "Temos um potencial enorme para eólicas, mas precisamos de subsídios ou de tecnologias novas para que se tenha um custo competitivo", sinalizou o presidente da Anace
"Nos preocupa a maneira como a expansão da geração está acontecendo no Brasil, com a utilização de muitas térmicas e falta de empreendimentos hidrelétricos", afirmou o presidente executivo da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres, Ricardo Lima. Segundo ele, o aumento significativo de térmicas na matriz energética afeta a competitividade de todos os consumidores brasileiros, principalmente os industriais, pois terão que pagar mais caro pela energia consumida.
Para Paulo Mayon, presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia, a escassez de empreendimentos hidrelétricos no PDE 2008-2017 reflete a dificuldade de se conseguir licenciamento ambiental para esses projetos. "É impressionante como persiste a miopia de tentar afastar a construção de usinas no Norte do país. A cada liminar emitida contra a construção de hidrelétricas, temos que utilizar como alternativa uma térmica, que é muito mais poluente e prejudicial ao meio ambiente", avaliou Mayon.
A complementaridade de outras fontes, segundo o presidente da Anace, é importante para a segurança energética. "Mas estamos abrindo mão de um potencial enorme da região Norte", completou o executivo. "O Brasil tem muito ainda o que percorrer quanto ao consumo de energia. Dados demográficos mostram que temos um potencial grande de crescimento, por isso precisamos de geração limpa", afirmou o executivo.
No entanto, Mayon reconhece que o PDE 2008-2017 está adequado dentro da realidade atual. "O planejamento foi bem realista dentro do quadro que nós temos disponível", disse. O planejamento, de acordo com ele, mostra ainda a frustração quanto aos projetos de biomassa, que estão aquém das expectativas, e são, na cadeia de custos, a segunda fonte mais barata, depois da hidráulica. O que está faltando no planejamento, na opinião de Mayon, é um programa que incentive a energia eólica, que ainda não é competitiva. "Temos um potencial enorme para eólicas, mas precisamos de subsídios ou de tecnologias novas para que se tenha um custo competitivo", sinalizou o presidente da Anace
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